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domingo, 5 de dezembro de 2021

A FONTE NOVA DA CHAVEIRA DE CARDIGOS, por José Henriques Marques

A FONTE NOVA Na minha publicação recente, neste grupo de "Minha Terra é Chaveira", houve um comentário de um dos meus amigos (Virgílio Moreira), que habita em Cimadas Cimeiras, com raízes na Chaveirinha, de onde era a sua mãe, no qual mencionava que um povo sem memória do passado, está condenado ao esquecimento. Não é que, nesse mesmo dia fui dar uma voltinha e encontro estes dizeres, de alguém que pensa como o Virgílio, junto ao poço, conhecido por Fonte Nova...! Não haverá ninguém que por aqui viveu, nos anos 50 e 60, que não tenha bebido água deste poço, porque na Chaveira, nesse tempo, a água escasseava e a água que corria nos 2 únicos chafarizes( um da Chaveira e boutro da Chaveirinha ) era racionada, durante o Verão, podendo cada família apenas encher 1 ou 2 cântaros e, não era todos os dias, porque tudo dependia da quantidade da água duma mina e acumulada, num pequeno reservatório, que ainda existe, junto à Escola. tal como se vê , na parte inferior do cartão da direita, foi feito um croqui que exemplificaexatamente como funcionava a fonte: - A água era tirada, com um balde e o auxílio de uma picota para encher os cântaros e outras vasilhas que depois eram carregados, à cabeça ou ao ombro, dependendo se era mulher ou homem, e levada para os gastos da casa. debaixo da figueira existia uma pia para dar de beber aos animais, ligada por uma conduta a uma outra mais pequenina. junto ao poço onde se colocavam os cântaros para que a água que escorresse, ao enchê-los, não se perdesse e fosse parar à pia dos animais. Era sagrado que a pia dos animais devia sempre ter água, pelo que quando se enchia o cântaro havia sempre essa preocupação e, normalmente, todos puxavam mais uns baldes, do poço para a atestar. Foi junto a esta fonte e de regresso a casa, com o cântaro â cabeça que muitas raparigas começaram o primeiro namorico que acabaram de dar em casamento, mais tarde. Para terminar, concordo plenamente com o autor/a que deixou estes dizeres que há razões suficientes para que este património não caia no esquecimento e, embora este não seja o espaço próprio, acredito que, mais tarde ou mais cedo, a nossa Junta de Freguesia tomará conhecimento da situação e, certamente, não ficará insebsível. PARA MEMÓRIA FUTURA José Henriques Marques 05/12/2021

sábado, 4 de dezembro de 2021

FAMÍLIAS NUMEROSAS DE ANTIGAMENTE

FAMÍLIAS NUMEROSAS Eram assim as famílias de antigamente...numerosas e felizes. Neste caso, trata-se dos MARQUES do Outeiro, Chaveira, Manuel Marques e Nazaré de Jesus Martins e seus descendentes: Francisco, falecido h+a poucos meses, Armindo, João, José Henriques, Maria de Lurdea, António Manuel, Acácio, Carlos Alberto tirámos uma foto junto ao palheiro do ti João Pardal, ainda nos tempos em que as ruas da aldeia eram revestidas de mato para estrume. Ultimamente, este palheiro deu lugar a um Minimercado que, entretanto, já fechou. O fotógrafo foi o meu primo Isidro, filho de António Mata. A foto só nos foi entregue passados muitos meses pois, naquele tempo, os negativos eram enviados para o laboratório para serem revelados (agora é na hora ou antes no segundo). Esse dia foi dia de festa cá na terra pelo que est´+vamos todos vestidos a rigor, Mesmo que não houvesse festa, já era motivo para festejar só pela presença do meu pai, pois trabalhava em Lisboa e só vinha visitar-nos uma a duas vezes por ano. Não porque não tivesse saudades da família, mas porque a família era numerosa e era preciso trabalhar duro para a sustentar.Além disso, nesse tempo, poucos eram os que possuiam uma viatura e, para vir de Lisboa à terra, num transporte público, demorava-se um dia e este só estava disponível até Cardigos, porque de lá, at+e cá, vinha-se a pé com a mala ao ombro. Re cordo-me que de uma vez que o meu pai veio , o António, o mais novo, brincava com uma embalagem já esvaziada duns bombons. que o meu pai nos tinha trazido da cidade. olhando para dentro dela, constantemente e, a certa altura a minha mãe vira-se para o meu pai e exclamou: «O Manel...penso que o miúdo está a olhar, para o fundo da embalagem para ver se ainda vem de lá mais algum irmãozinho.Demos todos uma gargalhada e, poucos meses depois lá vem o Acácio e, mais tarde, o Carlos. Fertilidade era algo que não faltava á minha mãe, pois além destes, ainda teve mais dois rapazes gémeos, mas que faleceram pouco depois do nascimento. Ainda me lembro da minha mãe dizer, ás vezes,quando o meu pai estava quase a chegar de Lisboa para passar uns dias de férias connosco: "ainda a camioneta não chegou a Cardigos e já tenho sintomas como se estivesse grávida". De certeza que, que não estava mas, atendendo às nossas idades e, às vezes que nos vezes que nos visitava, uma coisa +e certa: batizava um e fazia outro. Ainda muito mais recordações da minha infância tenho, mas antes disso gostaria de deixar aqui uma homenagem aos meus pais que vou sempre recordar como bravos lutadores que tudo fizeram para o bem estar dos filhos, ao ponto do meu pai, já com 60 anos, ainda emigrar, para o Canadá, para tentar salvar da guerra das ex colónias, alguns dos muito rapazes que tinha lá em casa. Um abraço para a minha irmã e irmãos e uma boa tarde para todos os membros do grupo MINHA TERRA É CHAVEIRA José Henriques Marques .

O PRIMEIRO DIA DE ESCOLA PRIMÁRIA DE MARIA DA SOLEDADE, SEMELHANTE AO MEU

Primeiro dia de escola, de uma amiga de Chaveira. Que boa memória e que linda partilha! Passados 69 anos da entrada na escola primária de Chaveira, Cardigos, dia 7 de Outubro, um dia que recordo muito bem. Com a minha mala de serapilheira, comprada na vila, com o livro, o quadro de pedra (ardósia) e o lápis de pedra. Não me lembro se já levava a sebenta, o caderno de duas linhas, o lápis de pau e caneta de rabo de pau. Tive facilidade em aprender as letras, juntá-las e ler. Pelo Natal já estava na letra miuda. Lembro-me de ler a "Emilita". Também tive muita ajuda da minha saudosa irmã. Éramos muitos alunos e só uma professora, a menina Conceição, No recreio, nós, as meninas iamos à casa de banho, à pocita e os rapazes iam mais longe, Fazíamos rodas, jogávamos aos 5 cantinhos, à cabra cega, ao lencinho, ao senhor barqueiro, às 5 pedrinhas, à macaca ou semana, ao ringue, às bonecas de trapos e tantas outras coisas, Os rapazes jogavam ao pião e ao mocho. tínhamos doutrina aos sábados, Já fazíamos algumas peças de teatro. desenho à vista. As meninas já faziam lavores femininos. Como é que o tempo passou tão depressa?! Temos que o aproveitar. Obrigada, Soledade, por tão belo contributo. reescrevi no meu blog pessoal para não se perder tão facilmente. Comentário de José Henriques Marques, para recordar mais alguns pormenores Ó Soledade, certamente também levavas, na tua bolsa, uma esponja, feita de trapos, para apagares o que escrevias nos dois lados daquela pedra de ardósia, pois era preciso espaço para mais uma cópia, um ditado, uma redação ( naquele tempo escrevíamos "Redação" ) ou um problema de 4 contas em que tinhas que tirar a prova dos 9, para ver se estava certo e, anos mais tarde, a prova real. Parabéns pela tua partilha e pela tua boa memória.

sexta-feira, 3 de dezembro de 2021

AS CASITAS DE MILHO

CASITAS DE MILHO Se alguém, que viveu os anos 60 nesta "maravilhosa Chaveira/Chaveirinha", decidisse começar a escrever apenas sobre o milho, ou seja, como e onde se semeava, como se trabalhava o terreno para que fosse regado, o que dele era retirado para alimento das pessoas e dos animais, como era trabalhado, desde semeado, até servido à mesa, em forma de broa, ou em grão, numa pia ou capoeira como alimento animal, teria, certamente, tema suficiente para preencher muitas páginas dum volumoso livro. Embora gostasse, um dia, poder fazê-lo, pois vivi tudo isso e recordo esses tempos, apesar de difíceis, com muita saudade, hoje vou apenas recordar as "casitas de milho". Poucos eram os lares, desse tempo, que não possuissem uma casita, que também era constituida por uma eira para secagem dos grãos. Depois de atingirem a maturação, as espigas eram transportadas para estas casitas, onde eram descamisadas e, mais tarde, debulhadas depois de expostas ao sol, na eira, até à sua completa secagem. Como, em todas as aldeias, havia sempre algumas famílias que cultivavam mais e outras menos e famílias mais ou menos numerosas e, como tal, havia muita entreajuda. Aqueles que, por qualquer motivo, já estavam mais folgados, juntavam-se ao serão, com outras famílias, ajudando-as para que todos conseguissem meter, nas arcas, a tempo e horas, o precioso grão, Eram noites divertidas em que se contavam muitas histórias, se contavam algumas anedotas e que se davam alguns abraços e beijinhos quando aparecia uma espiga de milho negro ( milho rei ). Em cada noite, depois das descamisadas, as mulheres, crianças e alguns mais idosos regressavam a casa, enquanto os outros improvisavam uma cama, em cima dos "camisos" onde pernoitavam vigilantes, pois corria o boato que as espigas desapareciam, de vez em quando, não vá alguma mulher reclamar, Tenho conhecimento que algumas raparigas (poucas) também ficavam de vigia, mas com a companhia do pai. Também havia alguns homens que não dispensavam o conforto da sua caminha, lá em casa, na companhia da sua amada e, vai daí, deixavam algo volumoso na cama improvisada, lá na eira, a imitar alguém deitado, para enganar os eventuais ladrões e iam dormir a casa. Não sei se infelismente ou felizmente, quase todas essas casitas, tão importantes, nesse tempo, estão hoje em ruínas. PARA MEMÓRIA FUTURA Contributo de José Henriques Marques 03/12/2021

MEMÓRIAS DO CHAFARIZ DA CHAVEIRA, CARDIGOS, MA

O CHAFARIZ O chafariz da Chaveira terá sido construído nos anos 40, do Século XX. Era o lugar onde aos domingos se juntavam rapazes e raparigas. Bastava o som do harmónio ou da flauta para se fazer um baile. Até vinham rapazes de fora. havia muitos namoricos. Na parede da rua que vai para o Monte, as raparigas pousavam o cântaro e ficavam a namorar. Algumas até namoravam durante muitas horas com o cântaro à cabeça. Foi pena que não tenham construído o chafariz como era antes, igual ao da Chaveirinha Passados estes anos escrevi umas quadras à minha maneira: Ó chafariz das acácias que nos deste de beber hoje esquecido e sem água passas o tempo a sofrer Quem passa no teu caminho passa ao lado e nem te vê ó que grande ingratidão para quem tanto nos deu. ó pedra velhinha e gasta onde o cântaro pousei tu guardas os meus segredos do tempo em que eu namorei. No Largo do Chafariz quanta alegria e vigor quantas lágrimas contidas quantas promessas de amor. Escrito por Maria da Soledade Comentário de Gracinda Tavaees Dias lindas histórias,

TRADIÇÕES DA MINHA TERRA NATAL POR UMA AMIGA DE INFÂNCIA

COSTUMES ANTIGOS, DE LUGARES CONHECIDOS No domingo fui à missa louvar meu Bom Jesus. Atrasei-me mais um pouco de quem eu gostava. Ela ia à Cruz Apressei-me mais um pouco, meti-me em canseiras. Quando olhei lá para a frente já elaaia às Peneiras. Caminhei o mais que pude, mesmo no caminho torto, mas ela ia tão depressa, já ia à ponte do Porto. Conheci-a pelo lenço, sabia bem que era ela. Ela ia a fugir de mim, subiu a Costa da Vela. Eu corri quanto podia, dei cabo do coração. Fui por matos e carreiros. Fui espeá-la ao Tapadão. , Quando ela lá passou estava eu a descansar, perguntei-lhe quase a medo se a podia acompanhar. Eu comecei a conversa sempre com boas falinhas, ela aceitou-me namoro à Capela das Alminhas. Quando cheguei a Cardigos tinha alegre o coração e ao despedir-me dela dei-lhe um aperto de mão. Por Soledade Batalha 3/12/2021

O CAFÉ

café O café é uma bebida produzida a partir dos grãos torrados do fruto do cafeeiro. É servido, tradicionalmente quente, mas também pode ser consumido gelado. Ocafé é um estimulante, por possuir cafeína - geralmente 80 a 140 mg para cada 207ml dependendo do método de preparação. Estudos têm mostrado que pessoas que bebem 4 xícaras de café por dia têm um menor risco de morrer de um ataque cardíaco. Em alguns períodos da década de 1980, o café era a segunda mercadoria mais negociada no mundo por valor monetário, atrás apenas do petróleo. O café foi o sétimo produto agrícola de exportação mais importante em termos de valor, atrás de culturas, como: trigo, milho e soja. Além de tudo, faz parte do meu dia a dia e de milhões de consumidores. Contributo de Carlos Ferreira, residente no Brasil

O PINHEIRO PARA SOBREVIVÊNCIA DE FAMÍLIAS RESIDENTES

O pinheiro Quem viveu, na Zona do Pinhal, nos anos 50 e 60, sabe que o pinheiro teve uma importância relevante, diria mesmo fundamental, para a subsistência das famílias residentes. Era dele que se extraía a resina que, depois de entregue ao intermediário, fornecia o dinheiro para pagar quase tudo o que uma família necessitava, tal como: as mercearias, os cadernos e os livros escolares para os filhos, os medicamentos, os fertilizantes para a agricultura, as despesas com o casamento dum filho ou duma filha e o respetivo enxoval, etc. etc. Ainda me lembro de algumas conversas, entre alguns clientes e o merceeiro, cá da terra: ó Ti Manel, avie-me lá um quilo de açúcar que amanhã já devo receber o dinheiro da resina e depois venho cá pagar. Era também o pinheiro que dava as pinhas e outra lenha para cozer os alimentos (pois ainda não haviam as botijas de gás, por aqui) e, também a lenha para colocar no forno, que cozia a broa, ao rubro. Além de tudo isso, também fornecia a madeira para a construção das habitações, incluindo a trave mestra e os soalhos ou sobrados, como chamávamos, por aqui. Infelizmente, devido aos incêndios e a cessação da extração da resina, este perdeu a sua relevância e começa a ser esquecido. Contributo de José Henriques Marques, para memória futura

quinta-feira, 2 de dezembro de 2021

MEMÓRIAS DE MARIA DA SOLEDADE BATALHA PARA FUTURAS GERAÇÕES

O BALCÃO Nos anos 50, do século XX, existiam na Chaveira, em casas e palheiros, à volta de 50 balcões, que com o tempo e o arranjo das casas se foram perdendo. Não me posso esquecer do balcão do Cabouco da Vinha Velha, quantos de nós brincámos lá, ou nos abrigámos da chuva, ou a jogar ao pisco"123 quem está, está, quem não está não está, ferrolho, ferrolho estoura um olho, cabaço, cabaço, estoura um braço." O balcão é um elemento muito importante, além de dar acesso ao sobrado, em alguns casos, como neste balcão, era aproveitado para o pateiro das galinhas. Rente ao chão existia uma entrada maiorq, que alguns de nós aproveitávamos como esconderijo nas nossas brincadeiras. Bons tempos! Nos anos 20 do século XXI, não existiriam mais do que uma dúzia de balcões Comentário de José Henriques Marques: Há, de facto, alguns balcões que me ficaram mais na memória, como o da minha avó, na Maljoga, o da ti Rosário, do ti Luís Tavares, alguns do Monte e na Chaveirinha, etc. etc.mas aquele que mencionas é o que mais me marcou e que recordarei para sempre, como o balcão da Ti Loura. Ainda mal gatinhava e já a minha mãe me confiava a esta senhora, quando ia para a horta. tenho tantas recordações passadas neste balcão e à sua volta que seria necessário escrever muitas páginas para as recordar. Apesar da sua função principal ser a de aceder ao piso superior. nos dias e noites de Verão, as suas escadas serviam de bancos para se descansar, de convívio, de debulha de feijões e ervilhas, etc.mas do que mais me recordo é de quando a Ti Loura: "ó menino... entra ali dentro (naquele buraco de lado) e vê lá se as galinhas puseram algum ovo. Elá entrava o pequeno Zé regressando sempre com uns ovos na mão. boas recordações á

POESIA DE MARIA DA SOLEDADE DE CHAVEIRA DE CARDIGOS, MAÇÃO

Árvores de fruto Fui romper da manhã, começo do dia, luz, alegria em nuvem de sonhos voei, como borboleta, em jardim florido. Fui botão de resa manhã de maresia campo de margaça carqueija florida omora silvestre amadurecida fui folha caduca caída no chão, pisada, esquecida rebolei com a força do vento suão Uma força maior pegou-me na mão, degrau a degrau subi o balcão, o nascer da aurora fez-me acreditar que um raio de sol me vinha iluminar Fui semente nova por mim semeada, seara ds trigo, em terra lavrada leira de milho água que sacia Fui sombra de verão, planta, raiz, berço, carinho, mão que aconchega ponto de abrigo. Serei pôr do sol, entardecer, caco de barro, sombra que passa, candeia de esperança e fé, luz que se apaga. 2 de Dezembro de 2021 Maria da Soledade Batalha

PROCESSO DE EXTRAÇÃO DO AZEITE, DE ANTIGAMENTE

Lagar da Chaveira de Cardigos, que funcionou desde os anos 50, até ao final dos anos 90. Era constituído por um par de mós(galgas), para moer a azeitona, e uma prensa que comprimia os capachos(ceiras) para extrair o azeite. Cá fora existiam as tulhas onde se armazenava e conservava a azeitona coberta com pedras ou lages. O telhado este lagar antigo já ruiu e todo o seu recheio já foi saqueado. É pena pois podia servir de local de visita para recordar como era antigamente. O novo lagar que foi construído nos finais de 1990, tendo funcionado até há 3 anos atrás com capachos, 3 prensas e várias cubas de inox, onde se fazia a decantação do azeite, separando-o das águas russas. Neste lagar existe agora uma linha contínua, como já mencionado, tendo sido aproveitado algum equipamento e desativado o restante. Gostaria de deixar aqui um louvor a todos os sócios que souberam acompanhar a evolução tecnológica , ao longo do tempo, melhorando enormemente, todo o processo que nos proporciona um azeite de qualidade no nosso prato. Já lá vai o tempo em que demorava um dia para se moer a azeitona. Atualmente existe, em Chaveira, um lagar de linha contínua, em que, se descarrega a azeitona e, em pouco mais de uma hora, já tem o azeite na tulha. Para memória futura morador da Chaveira: José Henriques Marques

terça-feira, 30 de novembro de 2021

TRADIÇÃO QUE RESISTE O dia de todos os Santos, 01 de Novembro. é tradicionalmente o dia de "pedir os bolinhos" Há quem lhe chame também "Pão por Deus". "Bolinhos" "Blimblim"(...) É uma tradição que alguns fazem recuar ao princípio do Cristianismo e que servia para os crentes expressarem a sua solidariedade e amor pelos outros. Durante muito tempo correspondia à necessidade dos mais desfavorecidos tentarem, num dia religioso, encarar com menos vergonha o acto de terem de pedir esmola para garantirem a sua sobrevivência. Em Portugal, a tradição ganhou força nos anos a seguir ao grande terramoto de Lisboa quando, em virtude do cataclismo, a vida dos habitantes piorou mais do que já estava. Como se sabe, o terramoto foi no dia 01 de Novembro de 1755 e, no primeiro aniversário, em 1756, o povo de Lisboa, assinalando a efeméride, aproveitou para ir pedir nas ruas" "Pão por Deus" Assim se teria renovado e consolidado a tradição.Também manda o costume que se pedisse apenas até ao meio dia,o que se mantém até aos nossos dias. Já se vão abrindo algumas excepções... Em tempos idos, as pessoas davam bolos de fabrico caseiro, fruta da época ( castanhas, bolotas, romãs, figos secos, nozes...) e, de vez enquando, umas moeditas...Era uma festa... o pior era quando caíam marmelos dentro do saco. Daí o aviso: Marmelos não que embaraçam o coração". As crianças são cada vez menos nestas terras desabitadas mas, no dia 01/11/2021, com o COVID-19 a pairar sem saber o que fazer, cumpriu-se a tradição ainda que sem a dinâmica pré-pandémica. Foi possível ver algumas criançada nas ruas da vila de Cardigos, dos Vales, da Chaveira, da Roda..."pedindo os bolinhos".

segunda-feira, 15 de março de 2021

COMPAIXÃO

Compaixão pode ser descrita como uma compreênsão do estado emocional de outra pessoa; A compaixão frequentemente combina.se a um desejo de aliviar ou minorar o sentimento de outro ser senciente, bem como demonstrar especial gentileza para com aqueles que sofrem. Ter compaixão é permanecer num estado emotivo positivo, enquanto se tenta compreender o outro. A compaixão diferencia-se de outras formas de comportamento prestativo humano, no sentido de que o seu foco primário é o alívio da dor e sofrimwnto alheios. AUTO COMPAIXÃO Intimamente relacionada com a resiliência (capacidade de superar traumas e fortalecer-se a partir deles);

quinta-feira, 4 de março de 2021

QUAL A IMPORTÂNCIA DE TER UMA VIDA COM VALORES

" Uma pessoa que não foi completamente alienada, que permaneceu sensível e capaz de sentir, que não perdeu o senso de dignidade, que ainda não está " à venda", que ainda pode sofrer pelo sofrimento dos outros, que não adquiriu plenamente o modo de existência tendo - resumidamente, uma pessoa que permaneceu uma pessoa e não e não se tornou uma coisa - não pode deixar de se sentir solitária, impotente, isolada na sociedade atual. Ele não pode deixar de duvidar de si mesmo e de suas próprias convicções, se não de sua de sua sanidade. Ele não pode evitar o sofrimento, embora possa experimentar momentos de alegria e clareza que estão ausentes na vida de seus contemporâneos "normais". Não raramente ele sofrerá de neurose que resulta da situação de um homem são vivendo numa sociedade insana, ao invés da neurose mais convencional dum homem doente tentando se adaptar a uma sociedade doente. No processo de ir mais longe na sua análise, ou seja, de crescer para uma maior independência e produtividade, os seus sintomas neuróticos irão curar-se."

domingo, 21 de fevereiro de 2021

AS DOZE CRENÇAS IRRACIONAIS DE ELLIS

A crença de que é absolutamente necessário para um adulto ser amado por todos e em relação a tudo o que faz; A crença de que certos atossão terríveis e cruéis e que as pessoas que os cometem devem ser severamente punidas; A crença de que é horrível quando as coisas não acontecem tal e qual desejaríamos; A crença de que a miséria humana é imposta ao próprio por pessoas, acontecimentos e fatores externos; A crença de que se uma coisa é perigosa ou assustadora, o indivíduo deverá preocupar-se terrivelmente com isso; Acrença de que é mais fácil evitar do que enfrentar dificuldades de vida e responsabilidades pessoais; A crença de que o indivíduo necessita de confiarnalguma coisa que seja forte e superior a si próprio; A crença de que o indivíduo deverá ser completamente competente, inteligente e bem sucedido em todos os aspetos possíveis; Acrença de que se um acontecimento passado nos afetou profundamente ele deverá continuar a afetar-nos indefinidamente; A crença de que o indivíduo deverá ter um controlo certo e perfeito sobre as coisas e acontecimentos; A crença de que a felicidade humana pode ser conseguida através da inércia e da inação; A crença de que o indivíduo não possui qualquer controlo sobre as suas emoções e que não pode evitar sentir-se de determinado modo.

sábado, 20 de fevereiro de 2021

BENEFÍCIOS DE PRATICAR OS VALORES

 

                                                                          

                                                                      BENEFÍCIOS DOS VALORES

Se desejar fazer um plano de desenvolvimento pessoal, deve saber que alguns dos BENEFÍCIOS mais importantes são os seguintes:

*Ajuda a conhecermo-nos melhor

*Fornece-nos uma maior estabilidade emocional.

*Ajuda-nos a ter uma relação melhor com nós mesmos e com os outros.

*Converte-nos em pessoas mais íntegras.

Quando agimos de forma coerente com os nossos valores pessoais, é mais provável que tomaremos

as nossas próprias decisões, sem hesitar.

Ajuda-nos a conhecer quais são as nossas verdadeiras prioridades e, portanto, nos dá informação valiosa sobre como investir o nosso tempo.

Os outros irão perceber-nos como pessoas mais seguras e confiáveis ao notar que somos coerentes com os nossos próprios valores.

                            DICAS PARA INSERIRMOS VALORES MAIS POSITIVOS

É difícil devido ao facto de que durante toda ou quase toda a vida vivemos com base nos que temos e o convertermos em hábitos profundamente enraizados, porém, sempre se pode fazer algo para conseguir implementar valores humanos mais positivos.

*Identifique os seus próprios valores e pontos fortes, uma vez feito isso, determine quais pode melhorar e que atitudes negativas precisa modificar.

*identifique quais são os novos valores que gostaria de adotar.

*Participe de maneira ativa no desenvolvimento dos seus novos valores e na melhoria dos que já possui, comprometa-se de verdade. Por exemplo, se gostaria de melhorar o valor da responsabilidade ou começar a adotá-lo, de agora em diante, pare de culpar os outros por suas próprias ações, assuma-as como suas e comece a ser mais responsável.

*Compreenda e respeite os valores dos outros praticando a empatia.

*Tome consciência de que não pode mudá-los de um dia para o outro e que se trata de um trabalho constante. Assim como levou tempo para você implementar os que tem agora , você também precisará esperar um certo tempo para os novos se tornarem hábitos.

PRINCÍPIOS E VALORES, não só desenvolvem comportamentos saudáveis, como produzem segurança e paz na vida daqueles que os praticam, independentemente da opinião de outras pessoas.



VALORES E CRENÇAS

 

                        VALORES E CRENÇAS

VALORES são conceitos, absorvidos por nós, que através da importância que lhes atribuímos traduzem as preferências de ações e comportamentos na nossa vida. Os Valores são os sentimentos que governam as nossas decisões na rotina diária e no rumo ao nosso futuro.

As nossas CRENÇAS constituem um conjunto de convicções pessoais que definem padrões de ações e comportamentos assumidos por nós. São pressupostos subjetivos para considerar algo certo ou verdadeiro, não sendo racionalmente comprovados e que muitas vezes assumimos por fé. As crenças funcionam como convicções que alavancam (capacitantes) ou como convicções que retraem (limitantes) os nossos projetos.

O nosso conjunto de Valores e Crenças definem  os PRINCÍPIOS que regem a forma como agimos e reagimos diante das diversas situações que surgem na nossa vida.

Valor: Humor

Crença : O Humor é gerador de um bom ambiente

Princípio: Procuro relacionamentos com pessoas bem humoradas.

TIPOS DE CRENÇAS

Hereditárias

Pessoais

Sociais

CONHECIMENTO

A relação entre crença e conhecimento é que uma crença pode ser conhecimento, se a crença for verdadeira e se o crente tiver uma justificativa (afirmações/provas/orientações razoáveis e necessariamente plausíveis) para acreditar que é verdade

MODELO A  B  C

"(...) Contraímos atitudes irracionais acreditando que certas condições  (tais como receber amor ou ter sucesso) precisam ou devem existir, e que outras condições (como ficar frustrado ou se sentir forçado a agir sozinho) não precisam ou não devem existir. Por causa dessas ideias irrealistas, geralmente acabamos odiando a nós e aos outros"

CRENÇAS RACIONAIS podem ser 

*lógicas, 

*suportadas empiricamente

permitem a satisfação das necessidades e objetivos mais básicos

CRENÇAS IRRACIONAIS

*cognições ou filosofias que carecem de suporte lógico ou científico

*distorcem a realidade

*não são lógicas

*levam a emoções pouco saudáveis

*levam a comportamentos desajustados e autodestrutivos

TIPOS DE VALORES HUMANOS

Os valores do ser humano são classificados por sua natureza e caraterísticas, segundo o conhecimento filosófico, os principais tipos de valores são os seguintes:

*Valores morais: aqueles relacionados com as virtudes e a realização como seres humanos. O objetivo dos valores morais é a busca pelas virtudes; separam o que é bom do que não é.

*Valores religiosos: Estes valores humanos são determinados pelas diferentes religiões e, geralmente baseiam-se em conceitos de bondade, fé e sacrifício.

*Valores humanos: são valores próprios das pessoas e de sua natureza. Seu objetivo principal é melhorar a convivência e fomentar a empatia.

* Valores universais: São valores humanos aplicáveis em todas as sociedades, culturas, condições económicas e religiões. A tolerância e o respeito, por exemplo, são dois valores universais

*Valores estéticos: Como o seu nome indica, os valores estéticos têm como objetivo a própria beleza e o prazer da harmonia. Estes valores aplicam-se principalmente na arte e na expressão criativa.

*Valores intelectuais: Este tipo de valores coloca seu foco na busca do conhecimento e da verdade. *Valores físicos* Segundo a teoria da pirâmide de Maslow, este tipo de valores do ser humano está relacionado com manter um certo nível de bem-estar e saúde física, evitando assim, estados de enfermidade e debilidade.

*Valores sociais: Os valores sociais são aqueles reconhecidos por uma cultura ou sociedade, cujo objetivo é fortalecer os vínculos humanos.

* Valores afetivos: Encontramos estes valores do ser humano muito próximos aos sociais. Os valores afetivos são aqueles relacionados com o amor, o carinho e com o prazer interpessoal.

* Valores económicos: Finalmente, um dos tipos de valores mais preponderantes nos dias atuais é o de valores económicos. Este tem como objetivo a busca por estabilidade financeira e melhores ganhos económicos. Entre este tipo de valores, temos os empresariais e profissionais.









domingo, 7 de fevereiro de 2021

CRENÇAS E VALORES


 

Conhecimento e epistemologia

Os termos crença e conhecimento são usados ​​de formas diferentes na filosofia.

Epistemologia é o estudo filosófico do conhecimento e da crença. O principal problema na epistemologia é entender exatamente o que é necessário para que nós tenhamos conhecimento verdadeiro. Em uma noção derivada do diálogo de Platão Teeteto, a filosofia tem tradicionalmente definido conhecimento como "crença verdadeira justificada". A relação entre crença e conhecimento é que uma crença é o conhecimento, se a crença é verdadeira e se o crente tem uma justificativa (afirmações/provas /orientações razoáveis ​​e necessariamente plausíveis) para acreditar que é verdade.

A falsa crença não é considerada conhecimento, mesmo que seja sincera. Por exemplo, um crente da teoria da Terra plana não sabe que a Terra é esférica. Mais tarde, os epistemólogos por exemplo Gettier (1963)[3] e Goldman (1967),[4] questionaram a definição de "crença verdadeira justificada".

Como DescartesPeirce começou diferenciando crença de dúvida. Para ele, esses são dois estados de mente relativamente fáceis de distinguir, o estado de dúvida, observa ele, é "um estado irritante e insatisfatório, do qual lutamos para nos libertar"; diferentemente, o estado de crença "é calmo e satisfatório". Não somente sentimos um forte desejo de converter a dúvida em crença, mas chegamos a nos esforçar para manter as crenças que já temos, para evitar cair novamente em dúvida. Peirce diz "Atemo-nos tenazmente, não somente a crer, mas a crer exatamente naquilo que já cremos."[5][6]

Crença e psicologia

Na psicologia, o termo crença na autoeficiência define a crença de alguém em seu próprio poder de agir de modo efetivo ou de influencia eventos. Associada ao trabalho de Albert Bandura, a teoria da autosuficiência argumenta que uma forte crença na autosuficiência contribui para um senso positivo de lidar com o mundo, portanto está intimamente ligada com a noção de locus interno de controle.[7] De acordo com Bandura, é mais saudável psicologicamente para um indivíduo ter uma crença em sua autosuficiência levemente mais alta do que a evidência pode garantir, desde que isso o encoraje a assumir tarefas mais difíceis e a persistir nelas.[7]

As crenças são, por vezes, divididas em crenças raiz (que estão ativamente pensadas) e crenças disposicionais (a que pode ser atribuída a alguém que não tenha pensado sobre o assunto). Por exemplo, se questionado: "Você acredita que tigres vestem pijamas?" um indivíduo pode responder que não, apesar do fato de nunca ter pensado sobre essa situação antes.[8]

A formação da crença

Os estudos da psicologia sobre a formação das crenças e a relação entre crenças e ações indicam vários modos de formação de crenças:

  • pela interiorização das crenças das pessoas que nos rodeiam durante a infância. Albert Einstein é frequentemente citado como tendo dito que "O senso comum é a coleção de preconceitos adquiridos até aos dezoito anos."[9] A maioria das pessoas acredita na religião ensinada e vivida na infância.[10]
  • pela adoção das crenças de um líder carismático, mesmo que essas crenças sejam negadas por todas as crenças anteriores e produzam ações opostas aos interesses do indivíduo.[11] A crença é voluntária? Indivíduos racionais precisam conciliar sua realidade direta com qualquer dita crença e, portanto, se a crença não está presente ou possível, isso reflete o fato de que as contradições eram necessariamente superadas, usando dissonância cognitiva.
  • como resultado da propaganda , a qual utiliza a repetição, choque e associação com imagens de sexo, amor, beleza e/ou símbolos de fortes emoções positivas para criar ou alterar crenças.[12]
  • como resultado de trauma físico (especialmente na cabeça) que pode alterar radicalmente as crenças de um indivíduo.[13]

Até as pessoas mais educadas e conscientes do processo de formação de crenças se agarram firmemente às suas crenças e agem de acordo com elas, mesmo contra seu próprio interesse. Na Teoria da Liderança de Anna Rowley, ela afirma: "Você quer que suas crenças mudem. É a prova de que você está mantendo os olhos abertos, vivendo plenamente e aceitando tudo o que o mundo e as pessoas ao seu redor podem lhe ensinar." Isso significa que as crenças dos povos devem evoluir à medida que ganham novas experiências.[14]

A "crença em"

"Crer/acreditar em" alguém ou alguma coisa é um conceito distinto de "crer/acreditar que". Existem dois tipos de "crença em":[15]

  • Crença (ou afirmação) comendatária - uma expressão de confiança em uma pessoa ou entidade, como em "Eu acredito em sua capacidade de fazer o trabalho."
  • Crença (ou afirmação) existencial - uma reivindicação de crença na existência de uma entidade ou fenômeno, que manifesta a necessidade implícita de justificar a pretensão de existência dessa entidade ou fenómeno. É frequentemente usada quando a entidade não é real, a sua existência é controversa, ou é posta em dúvida. Exemplos típicos: "Eu acredito em Deus", "Ele acredita em bruxas e fantasmas" ou "Muitas crianças acreditam em Papai Noel".[16]

 




                                                                     A GRATIDÃO

A gratidão ou agradecimento é o ato de reconhecimento de uma pessoa por alguém que lhe prestou um benefício, um auxílio, um favor etc.

Em um sentido mais amplo, pode ser explicada também como recognição abrangente pelas situações e dádivas que a vida lhe proporcionou e ainda proporciona.

A gratidão envolve um sentimento de reciprocidade em direção de outra pessoa; frequentemente acompanhado por um desejo de agradecê-la por um favor que lhe fez. Num contexto religioso, gratidão também pode referir-se a um sentimento de expressão de gratidão a Deus, que é um tema central do cristianismo.

Pesquisa psicológica demonstrou que indivíduos são mais propensos a experimentar a gratidão quando recebem um favor que é percebido ser (1) estimado pelo recipiente, (2) valioso ao benfeitor, (3) dado pelo benfeitor com intenções benevolentes, e (4) dado gratuitamente.

Pesquisas também sugerem que sentimentos de gratidão podem ser benéficos ao bem estar emocional subjetivo. Nas pessoas que são agradecidas em geral, os acontecimentos de vida têm influência pequena na gratidão experimentada. 

quinta-feira, 4 de fevereiro de 2021

COMPAIXÃO, AMOR


                                                           COMPAIXÃO

Círculo de compaixão   (Albert Einstein)

A nossa tarefa deveria ser libertar-nos, aumentando o nosso círculo de compaixão para envolver todas as criaturas viventes, toda a natureza e a sua beleza.

Sentimento profundo (Dalai Lama)

Descobri que o mais alto grau de paz interior decorre da prática do amor e da compaixão. Quanto mais nos importamos com a felicidade dos nossos semelhantes, maior o nosso próprio bem estar. Ao cultivarmos um sentimento profundo e carinhoso pelos outros passamos automaticamente para um estado de serenidade. Esta é a prjncipal fonte de felicidade. Cultivar estados mentais positivos, como a generosidade e a compaixão, decididamente conduz a melhor saúde mental e a felicidade. sendo motivada pela compaixão e amor, respeitando os direitos dos outros _ essa é a verdadeira prática da religião

Prazer funesto (Santo Agostinho)

Tenho mais compaixão do homem que se alegra no vício do que pena de quem sofre a privação de um prazer funesto e a perda de uma felicidade.

Amor e Compaixão (Madre Teresa de Calcutá)

Não usemos bombas, nem armas, para conquistar o mundo. Usemos o amor e a compaixão. A paz começa com um sorriso. Sorria, pelo menos cinco vezes por dia para as pessoas a quem você, normalmente não daria um sorriso. Faça isso pela paz. Irradiemos a paz de Deus e tornemo-nos o reflexo da Sua Luz para extinguir no mundo e no coração dos homens toda a espécie de ódio e o amor pelo poder. Sorria junto com os outros, embora isso nem sempre seja fácil.

Nobres Virtudes (Charles Darwin)

A compaixão para com os animais é das mais nobres virtudes da natureza humana.

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segunda-feira, 1 de fevereiro de 2021

O GATO NA ÁRVORE DE NATAL E O TEMA DA DIGNIDADE




O DIREITO UNIVERSAL DA DIGNIDADE

Todas as pessoas nascem livres e iguais em dignidade e direitos. São dotados de razão e consciência e devem agir em relação umas às outras com espírito de fraternidade.

                                                       Artigo I
                             Declaração Universal dos Direitos Humanos

A dignidade Humana Intrínseca é atributo de todos os seres humanos, seja qual for o modo como se realizam como seres humanos concretos, no tempo e no espaço.
Todos transportam consigo as duas marcas essenciais da dignidade de seres humanos:
são seres vivos dotados de inteligência reflexiva e simbolizadora.

A dignidade pessoal e a honra não podem ser protegidas por outros, devem ser zeladas pelo indivíduo em particular.
                                          Mahatma Gandi





sábado, 16 de janeiro de 2021

O LIBERALISMO

 Liberalismo é uma filosofia política e moral baseada na liberdade, consentimento dos governados e igualdade diante da lei.[1][2][3] Os liberais defendem uma ampla gama de pontos de vista, dependendo da sua compreensão desses princípios, mas em geral, apoiam ideias como um governo limitado, direitos individuais (incluindo direitos civis e direitos humanos), livre mercado, democracia, secularismo, igualdade de gênero, igualdade racial, internacionalismo, liberdade de expressão, liberdade de imprensa e liberdade religiosa.[4][5][6][7][8] Amarelo é a cor política mais comumente associada com o liberalismo.[9][10]

O liberalismo começou a alcançar notoriedade durante o Iluminismo, quando se tornou popular entre filósofos e economistas. O liberalismo buscou contestar diversas normas sociais vigentes na época, como o privilégio hereditárioEstado confessionalmonarquia absolutista e o direito divino dos reis. Os liberais também encerraram políticas mercantilistasmonopólios e outras barreiras ao comércio, promovendo mercados livres em vez disso.[11] A fundação do liberalismo como uma tradição distinta é comumente atribuída ao filósofo inglês John Locke, tendo ele argumentado que o liberalismo deve basear-se no contrato social, e que cada homem tem um direito natural à vida, liberdade e propriedade, e que os governos não devem violar tais direitos.[12] Enquanto a tradição liberal britânica tenha enfatizado a expansão da democracia, o liberalismo francês enfatizou a rejeição do autoritarismo e esteve ligado à construção da nação.[13] O filósofo John Locke, do século XVII, é muitas vezes creditado como fundador do liberalismo como uma tradição filosófica distinta. Locke argumentou que cada homem tem um direito natural à vida, liberdade e propriedade,[14] acrescentando que os governos não devem violar esses direitos com base no contrato social. Os liberais opuseram-se ao conservadorismo tradicional e procuraram substituir o absolutismo no governo pela democracia representativa e pelo Estado de direito.

Líderes revolucionários da Revolução Gloriosa de 1688,[15] da Revolução Americana de 1776 e da Revolução Francesa de 1789 usaram a filosofia liberal para justificar derrocadas armadas contra realezas tiranas. O liberalismo espalhou-se rapidamente, em especial após a Revolução Francesa. O século XIX viu governos liberais estabelecidos em nações da Europa e da América do Sul, ao passo que também estavam bem estabelecidos ao lado do republicanismo nos Estados Unidos.[16] Na Grã-Bretanha vitoriana, foi usado para criticar o establishment político, apelando para a ciência e a razão em favor do povo.[17] Durante o século XIX e início do século XX, o liberalismo no Império Otomano e no Oriente Médio influenciou períodos de reformas como o Tanzimat e o Al-Nahda, bem como a ascensão do secularismo, constitucionalismo e nacionalismo; neste último sendo usado como pilar da Unificação Alemã (1864-1870) e da Unificação da Itália (1848-1860).[18]Essas mudanças, juntamente com outros fatores, ajudaram a criar uma sensação de crise dentro do Islã, que continua até hoje, culminando no renascimento islâmico. Antes de 1920, o principal adversário ideológico do liberalismo clássico era o conservadorismo, mas nos anos seguintes o liberalismo passou a enfrentar grandes desafios ideológicos de novos opositores: o fascismo e o comunismo. No entanto, durante o século XX, as ideias liberais continuaram a se espalhar ainda mais — especialmente na Europa Ocidental — em forma de democracias liberais, elas estiveram do lado vencedor em ambas as guerras mundiais[19]

Na Europa e na América do Norte, o estabelecimento do liberalismo social (muitas vezes chamado simplesmente de "liberalismo" nos Estados Unidos) tornou-se um componente-chave na expansão do estado de bem-estar social, nos conhecidos 30 Anos Gloriosos.[20][21] Hoje, os partidos liberais continuam a exercer poder e influência em todo o mundo. No entanto, o liberalismo ainda tem desafios a superar na África e na Ásia. Os elementos fundamentais da sociedade contemporânea têm raízes liberais. As primeiras ondas do liberalismo popularizaram o individualismo econômico enquanto expandiam o governo constitucional e a autoridade parlamentar.[22] Os liberais procuraram e estabeleceram uma ordem constitucional que valorizava liberdades individuais importantes, como liberdade de expressão e liberdade de associação; um judiciário independente e um julgamento público por júri; assim como a abolição dos privilégios aristocráticos.[22] Ondas posteriores do pensamento e da luta liberal moderna foram fortemente influenciadas pela necessidade de expandir os direitos civis.[23] Os liberais defenderam a igualdade de gênero e racial em suas campanhas para promover os direitos civis e um movimento global pelos direitos civis no século XX alcançou vários objetivos em relação a ambas as metas. O liberalismo europeu continental divide-se entre moderados e progressistas, com os moderados tendendo ao elitismo e os progressistas ao apoio à universalização de instituições fundamentais, como o sufrágio universal, a educação universal e a expansão dos direitos de propriedade. Com o tempo, os moderados tomaram o lugar dos progressistas como os principais guardiões do liberalismo europeu continental.[13]


sexta-feira, 15 de janeiro de 2021

SISTEMA SEMI PRESIDENCIALISTA DE NATUREZA PARLAMENTAR

 











Funções do Presidente Clique aqui para ouvirClique aqui para ouvirClique aqui para diminuir o tamanho do textoClique aqui para aumentar o tamanho do texto

Quem é e o que faz o Presidente da República?

  1. O Presidente da República é o Chefe do Estado. Assim, nos termos da Constituição, ele "representa a República Portuguesa", "garante a independência nacional, a unidade do Estado e o regular funcionamento das instituições democráticas" e é o Comandante Supremo das Forças Armadas.

    Como garante do regular funcionamento das instituições democráticas tem como especial incumbência a de, nos termos do juramento que presta no seu ato de posse, "defender, cumprir e fazer cumprir a Constituição da República Portuguesa".

    A legitimidade democrática que lhe é conferida através da eleição direta pelos portugueses é a explicação dos poderes formais e informais que a Constituição lhe reconhece, explícita ou implicitamente, e que os vários Presidentes da República têm utilizado.

  2. No relacionamento com os outros órgãos de soberania, compete-lhe, no que diz respeito ao Governo, nomear o Primeiro-Ministro, "ouvidos os partidos representados na Assembleia da República e tendo em conta os resultados eleitorais" das eleições para a Assembleia da República. E, seguidamente, nomear, ou exonerar, os restantes membros do Governo, "sob proposta do Primeiro-Ministro".

    Ao Primeiro-Ministro compete "informar o Presidente da República acerca dos assuntos respeitantes à condução da política interna e externa do país".

    O Presidente da República pode ainda presidir ao Conselho de Ministros, quando o Primeiro-Ministro lho solicitar.

    E só pode demitir o Governo, ouvido o Conselho de Estado, quando tal se torne necessário para assegurar o regular funcionamento das instituições democráticas (o que significa que não o pode fazer simplesmente por falta de confiança política).

  3. No plano das relações com a Assembleia da República, o Presidente da República pode dirigir-lhe mensagens, chamando-lhe assim a atenção para qualquer assunto que reclame, no seu entender, uma intervenção do Parlamento.

    Pode ainda convocar extraordinariamente a Assembleia da República, de forma a que esta reúna, para se ocupar de assuntos específicos, fora do seu período normal de funcionamento.

    Pode, por fim, dissolver a Assembleia da República com respeito por certos limites temporais e circunstanciais, e ouvidos os partidos nela representados e o Conselho de Estado -, marcando simultaneamente a data das novas eleições parlamentares. A dissolução corresponde, assim, essencialmente, a uma solução para uma crise ou um impasse governativo e parlamentar.

  4. Uma das competências mais importantes do Presidente da República no dia-a-dia da vida do País é o da fiscalização política da atividade legislativa dos outros órgãos de soberania. Ao Presidente não compete, é certo, legislar, mas compete-lhe sim promulgar (isto é, assinar), e assim mandar publicar, as leis da Assembleia da República e os Decretos-Leis ou Decretos Regulamentares do Governo.

    A falta da promulgação determina a inexistência jurídica destes atos.

    O Presidente não é, contudo, obrigado a promulgar, pelo que pode, em certos termos, ter uma verdadeira influência indireta sobre o conteúdo dos diplomas.

    Com efeito, uma vez recebido um diploma para promulgação, o Presidente da República pode, em vez de o promulgar, fazer outras duas coisas: se tiver dúvidas quanto à sua constitucionalidade, pode, no prazo de 8 dias, suscitar ao Tribunal Constitucional (que terá, em regra, 25 dias para decidir) a fiscalização preventiva da constitucionalidade de alguma ou algumas das suas normas (exceto no caso dos Decretos Regulamentares) - sendo certo que, se o Tribunal Constitucional vier a concluir no sentido da verificação da inconstitucionalidade, o Presidente estará impedido de promulgar o diploma e terá de o devolver ao órgão que o aprovou.

    Ou pode - no prazo de 20 dias, no caso de diplomas da Assembleia da República, ou de 40 dias, no caso de diplomas do Governo, a contar, em ambos os casos, ou da receção do diploma na Presidência da República, ou da publicação de decisão do Tribunal Constitucional que eventualmente se tenha pronunciado, em fiscalização preventiva, pela não inconstitucionalidade - vetar politicamente o diploma, isto é, devolvê-lo, sem o promulgar, ao órgão que o aprovou, manifestando, assim, através de mensagem fundamentada, uma oposição política ao conteúdo ou oportunidade desse diploma (o veto político também pode assim ser exercido depois de o Tribunal Constitucional ter concluído, em fiscalização preventiva, não haver inconstitucionalidade).

    O veto político é absoluto, no caso de diplomas do Governo, mas é meramente relativo, no caso de diplomas da Assembleia da República. Isto é: enquanto o Governo é obrigado a acatar o veto político, tendo, assim, de abandonar o diploma ou de lhe introduzir alterações no sentido proposto pelo Presidente da República, a Assembleia da República pode ultrapassar o veto político - ficando o Presidente da República obrigado a promulgar, no prazo de 8 dias se reaprovar o diploma, sem alterações, com uma maioria reforçada: a maioria absoluta dos Deputados, em regra, ou, a maioria da 2/3 dos deputados, no caso dos diplomas mais importantes (leis orgânicas, outras leis eleitorais, diplomas que digam respeito às relações externas, e outros).

    Ou seja, nos diplomas estruturantes do sistema político (as leis orgânicas, que têm como objeto as seguintes matérias: eleições dos titulares dos órgãos de soberania, dos órgãos das Regiões Autónomas ou do poder local; referendos; organização, funcionamento e processo do Tribunal Constitucional; organização da defesa nacional, definição dos deveres dela decorrentes e bases gerais da organização, do funcionamento, do reequipamento e da disciplina das Forças Armadas; estado de sítio e do estado de emergência; aquisição, perda e reaquisição da cidadania portuguesa; associações e partidos políticos; sistema de informações da República e do segredo de Estado; finanças das regiões autónomas; criação e regime das regiões administrativas), um eventual veto político do Presidente da República força necessariamente a existência de um consenso entre as principais forças políticas representadas na Assembleia da República (para além das matérias onde a própria Constituição já exige, à partida, esse consenso, por reclamar uma maioria de 2/3 para a sua aprovação: entidade de regulação da comunicação social; limites à renovação de mandatos dos titulares de cargos políticos; exercício do direito de voto dos emigrantes nas eleições presidenciais; número de Deputados da Assembleia da República e definição dos círculos eleitorais; sistema e método de eleição dos órgãos do poder local; restrições ao exercício de direitos por militares, agentes militarizados e agentes dos serviços e forças de segurança; definição, nos respetivos estatutos político-administrativos, das matérias que integram o poder legislativo das regiões autónomas).

    Ainda relativamente aos diplomas normativos, o Presidente da República pode também, em qualquer momento, pedir ao Tribunal Constitucional que declare a inconstitucionalidade, com força obrigatória geral, de qualquer norma jurídica em vigor (fiscalização sucessiva abstrata) - com a consequência da sua eliminação da ordem jurídica - ou pedir-lhe que verifique a existência de uma inconstitucionalidade por omissão (ou seja, do não cumprimento da Constituição por omissão de medida legislativa necessária para tornar exequível certa norma constitucional).

  5. Compete também ao Presidente da República decidir da convocação, ou não, dos referendos nacionais que a Assembleia da República ou o Governo lhe proponham, no âmbito das respetivas competências (ou dos referendos regionais que as Assembleias Legislativas das regiões autónomas lhe apresentem). No caso de pretender convocar o referendo, o Presidente terá obrigatoriamente que requerer ao Tribunal Constitucional a fiscalização preventiva da sua constitucionalidade e legalidade.

  6. Como Comandante Supremo das Forças Armadas, o Presidente da República ocupa o primeiro lugar na hierarquia das Forças Armadas e compete-lhe assim, em matéria de defesa nacional:

    • presidir ao Conselho Superior de Defesa Nacional;
    • nomear e exonerar, sob proposta do Governo, o Chefe do Estado-Maior-General das Forças Armadas, e os Chefes de Estado-Maior dos três ramos das Forças Armadas, ouvido, neste último caso, o Chefe do Estado-Maior General das Forças Armadas;
    • assegurar a fidelidade das Forças Armadas à Constituição e às instituições democráticas e exprimir publicamente, em nome das Forças Armadas, essa fidelidade;
    • aconselhar em privado o Governo acerca da condução da política de defesa nacional, devendo ser por este informado acerca da situação das Forças Armadas e dos seus elementos, e consultar o Chefe do Estado-Maior General das Forças Armadas e os chefes de Estado-Maior dos ramos;
    • declarar a guerra em caso de agressão efetiva ou iminente e fazer a paz, em ambos os casos, sob proposta do Governo, ouvido o Conselho de Estado e mediante autorização da Assembleia da República;
    • declarada a guerra, assumir a sua direção superior em conjunto com o Governo, e contribuir para a manutenção do espírito de defesa e da prontidão das Forças Armadas para o combate;
    • declarar o estado de sítio ou o estado de emergência, ouvido o Governo e sob autorização da Assembleia da República, nos casos de agressão efetiva ou iminente por forças estrangeiras, de grave ameaça ou perturbação da ordem constitucional democrática ou de calamidade pública.
       
  7. No âmbito das relações internacionais, e como representante máximo da República Portuguesa, compete ao Presidente da República, para além da declaração de guerra ou de paz:

    • a nomeação dos embaixadores e enviados extraordinários, sob proposta do Governo, e a acreditação dos representantes diplomáticos estrangeiros;
    • e a ratificação dos tratados internacionais (e a assinatura dos acordos internacionais), depois de devidamente aprovados pelos órgãos competentes; isto é, compete-lhe vincular internacionalmente Portugal aos tratados e acordos internacionais que o Governo negoceie internacionalmente e a Assembleia da República ou o Governo aprovem - só após tal ratificação é que vigoram na ordem interna as normas das convenções internacionais que Portugal tenha assinado (e também relativamente aos tratados e acordos internacionais existe a possibilidade de o Presidente da República requerer a fiscalização preventiva da sua constitucionalidade, em termos semelhantes aos dos outros diplomas).
       
  8. Como garante da unidade do Estado, o Presidente da República nomeia e exonera, ouvido o Governo, os Representantes da República para as regiões autónomas; pode dissolver as Assembleias Legislativas das regiões autónomas, ouvidos o Conselho de Estado e os partidos nelas representados; pode dirigir mensagens à Assembleias Legislativas das regiões autónomas.

  9. Compete ainda ao Presidente da República, como Chefe do Estado, indultar e comutar penas, ouvido o Governo; conferir condecorações e exercer a função de grão-mestre das ordens honoríficas portuguesas; marcar, de harmonia com as leis eleitorais, o dia das eleições para os órgãos de soberania, para o Parlamento Europeu e para as Assembleias Legislativas das regiões autónomas; nomear e exonerar, sob proposta do Governo, o presidente do Tribunal de Contas e o Procurador-Geral da República; nomear dois vogais do Conselho Superior da Magistratura e cinco membros do Conselho de Estado (que é o seu órgão político de consulta, e ao qual também preside).

  10. O tipo de poderes de que dispõe o Presidente da República pouco tem que ver, assim, com a clássica tripartição dos poderes entre executivo, legislativo e judicial.

    Aproxima-se muito mais da ideia de um poder moderador (nomeadamente os seus poderes de controlo ou negativos, como o veto, por exemplo; embora o Chefe de Estado disponha também, para além destas funções, de verdadeiras competências de direção política, nomeadamente em casos de crises políticas, em tempos de estado de exceção ou em matérias de defesa e relações internacionais).

    No entanto, muito para além disso, o Presidente da República pode fazer um uso político particularmente intenso dos atributos simbólicos do seu cargo e dos importantes poderes informais que detém. Nos termos da Constituição cabe-lhe, por exemplo, pronunciar-se "sobre todas as emergências graves para a vida da República", dirigir mensagens à Assembleia da República sobre qualquer assunto, ou ser informado pelo Primeiro-Ministro "acerca dos assuntos respeitantes à condução da política interna e externa do país". E todas as cerimónias em que está presente, ou os discursos, as comunicações ao País, as deslocações em Portugal e ao estrangeiro, as entrevistas, as audiências ou os contactos com a população, tudo são oportunidades políticas de extraordinário alcance para mobilizar o País e os cidadãos.

    A qualificação do Presidente como "representante da República" e "garante da independência nacional" fazem com que o Presidente, não exercendo funções executivas diretas, possa ter, assim, um papel político ativo e conformador.