AUTOBIOGRAFIA TODA EM POESIA
E OUTRAS POESIAS DE
Gracinda Tavares Dias
ALUNA NO EXTERNATO
Andei por Mossuril, Nampula,
Durante cinco anos,
Após a minha aposentação,
VOLUNTARIADO EM CARDIGOS
Utente da Misericórdia
SER
VOLUNTÁRIA
Ser
voluntária da
Misericórdia de Cardigos
ESCOLA
DE PINTURA
POESIAS DA AUTORIA DE GRACINDA TAVARES DIAS
POESIA DOS MEUS IRMÃOS PARA O MEU LIVRO DE CURSO EM 1965
A
nossa querida mana
UMA
COLEGA E AMIGA DO MAGISTÉRIO FEZ-ME UMA POESIA, COMEÇANDO PELAS
LETRAS DO MEU NOME.
Grande
amiga dos pequenos,
O 1º Poema que eu fiz foi dedicado a esta colega em 1965, em Portalegre.
É
com grande alegria
A 1.ª e última quadra foram cantadas e tocadas pela Escola de Música de Cardigos, no Lar de Idosos, na Festa de Natal de 2006
E OUTRAS POESIAS DE
Gracinda Tavares Dias
Existindo
quatro rapazes
Da
família Tavares Dias,
Em
Chaveira, Mação,
Nasceu
a única menina
E
veio ainda outro irmão.
Chama-se
Gracinda
A
menina referida.
Nasceu
em 07/08/43,
Nessa
data querida.
Seu
pai era Luís Dias
Nascido
no Carvalhal
E
com M.ª dos Prazeres Tavares
Formavam
um lindo casal.
Fez
todo o ensino primário,
Como
uma alegre canção,
Tendo
sempre como professora
A
conhecida Menina Conceição.
Esta
professora querida
Mora
em Cardigos/Mação.
É
já de avançada idade
Mas
com muita animação.
Foi
uma bela professora,
Disso
não podemos duvidar
O
ensino era atraente
E,
fazia tudo para nos agradar.
Fazíamos
interessantes festas
Sob
a sua orientação,
Não
se poupando a trabalho
E
sempre com motivação.
Tínhamos
estudo orientado,
Na
casa onde vivia
Para
uma boa preparação
E
aplicação no dia -a -dia.
Fui
sua colega professora
E
encontramo-nos por todo o lado.
Estamos
as duas aposentadas
E
juntas no Voluntariado.
Este
belo voluntariado
É
na Misericórdia de Cardigos,
Onde
oito senhoras aposentadas
Apoiam
os bons amigos.
ALUNA NO EXTERNATO
D.
PEDRO V, MAÇÃO
Fiz
o antigo 5º. Ano,
No
colégio de Mação,
Onde
passei tempo difícil
Mas
era para a formação.
Passei
também belos tempos,
Nas
minhas horas de lazer,
Tendo
boas amigas
Que
me ajudaram a viver.
Em
2 007, no almoço convívio
Dos
antigos alunos de Mação,
Pude
reviver o passado
E
sentir a bela união.
Após
este período,
Na
linda cidade de Portalegre,
Ingressei
na Escola do Magistério
Onde
me senti muito alegre.
Em
1965, saí professora
E,
a Moçambique fui parar,
Onde
viviam três irmãos
E,
eu, na escola ia ensinar.
Andei por Mossuril, Nampula,
Lacerdónia
e Beira
E
regressei em 1976
De
Vila Nova da Fronteira.
Casei
na Beira, Moçambique
E
tive uma filha para embalar.
O
pai é Virgílio Farinha Augusto
E,
a Cristina deu-nos
Três
netos de encantar.
Exerci
em Moita Ricome
Um
ano da minha profissão,
Seguindo
para Vilar Formoso,
Onde
trabalhei com dedicação.
Também
aí fiz o 12.º ano
O
que deu imenso jeito
Para
ingressar na Universidade
Tendo
nove cadeiras de Direito.
Durante cinco anos,
Após a minha aposentação,
Frequentei
pintura, em Espanha
O
que me deu satisfação.
Desta
Escola fui para outra
Que
se situa em Mação.
É
patrocinada pelo Município,
Com
bastante animação.
Dinamizo
o grupo de artesanato,
Na
antiga escola da Chaveira.
E,
nos convívios das 4.ªs feiras,
Surge
trabalho e brincadeira.
VOLUNTARIADO EM CARDIGOS
Junto
de alguns idosos
E,
nos três lares da freguesia,
Fiz
pesquisas variadas
E
com enorme alegria.
Sei
que lhes levei conforto
E
alegria de viver,
Ao
transmitirem os conhecimentos
No
encanto de reviver..
Eram
tempos bem difíceis
Os
que tiveram de suportar,
Sendo,
agora bem melhor
Como
se pode comprovar..
Maria
do Carmo Fouto
Pediu-me
que a sua oração
Não
morresse com ela,
E,
a transmitisse de mão em mão
Utente da Misericórdia
E,
já de avançada idade,
Faleceu
a referida Senhora,
Deixando
bastantes saudades
Dizia
para mim:
Quem
a trouxe para cá?
Quem
foi o Deus?
Sinto
uma imensa pena,
De
quando nos diz adeus.
Se
não fosse professora,
Errava
a vocação.
Distrai-nos
sempre,
Mandando
ler a lição.
É
mais uma das minhas vocações.
Fui
convidada para esse trabalho
E,
estamos juntos nas
mesmas orações.
Levar
alegria e conforto aos idosos
É
uma missão bem importante,
Pois
mantê-los ocupados
É
para todos gratificante.
Gosto
de apoiar e conversar
Com
os utentes da Misericórdia.
Sinto-me
bem junto deles
E
desejo sempre a concórdia.
As
pesquisas realizadas
Deram-me
imenso prazer.
Gosto
que se sintam bem,
Na
alegria de viver.
Frequentar
uma Escola de Pintura
Depois
da minha aposentação,
É
coisa que muito gosto
E
me dá satisfação.
Os
quadros a óleo
É
o que gosto de pintar
Mas,
aplico outras técnicas
Para
me poder atualizar.
Gosto
de aprender para ensinar
E,
é bom conviver também.
É,
nesta troca de saberes
Que
se pode ir mais além.
Frequentámos
outros cursos
De
artesanato e artes aplicadas
E
ainda outras técnicas
Que
nos deixaram encantadas.
Na
antiga Escola da Chaveira,
Pode-se
aplicar e desenvolver
Os
trabalhos apreendidos,
Nas
nossas horas de lazer.
POESIAS DA AUTORIA DE GRACINDA TAVARES DIAS
E
OUTRAS QUE ME FORAM DEDICADAS
POESIA DOS MEUS IRMÃOS PARA O MEU LIVRO DE CURSO EM 1965
Nós
queremos felicitar,
Sentindo
grande alegria
Por
ela o seu curso terminar.
É
bela e muito nobre,
A
missão de Educadora.
Sabe
amar as criancinhas
E,
sê sempre trabalhadora!
À
nova professora,
Os
Parabéns vimos dar,
Estando
já ansiosos
Por
a podermos abraçar.
Dos
teus manos:
João,
Domingos, Alfredo,
Daniel
e Mário
Ralhar?...Não
é com ela…
Alguém
a viu com humor a menos?
Casar?...Ainda
não pensa ela…
Irás
para o Ultramar…
Não
nos irás esquecer…
Distantes…sim…por
este verde mar
Alegria
porém, até morrer…
Com
a amizade da colega
ZAU
MAIS
UM POEMA PARA
O
MEU LIVRO DE CURSO
Para
uns versos te fazer
Só
metendo um requerimento!
Sou
beatle no teu dizer
É
grande o descaramento.
Na
cabeça só o cabelo cresce
Ao
ouvido só o telefone soa
E,
assim o amor renasce,
No
Carnaval à toa.
Do
sucesso alcançado
Será
grata a recordação.
Manas
ficamos sendo,
Gravadas
no coração.
E,
já de lunetas no nariz
Com
os cabelos já brancos,
Lembrar-te-ás,
com saudade
Dos
nossos verdes anos.
E,
ao terminares o curso
Se
resolveres abalar
Para
essas terras longínquas
Que
são também Portugal,
Nunca
esqueças o Ringo
Que
de longe,
mas
bem perto do coração
Te
desejará Felicidades
Na
tua nobre missão.
De:
Ana
Maria Valente CaixadoO 1º Poema que eu fiz foi dedicado a esta colega em 1965, em Portalegre.
Para:
Ana
Maria Valente Caixado (Nisa )
Que
uns versos te vou fazer,
Mesmo
sem ser poetisa
Alguma
coisa irei dizer.
És
simpática a valer
E
muito trabalhadora,
Acredita
que vais ser
Uma
excelente professora.
Que
vais ser boa professora,
Ninguém
pode duvidar,
Pois
tens todas as qualidades
Para
na vida triunfar.
As
nossas brincadeiras
Em
nós ficarão gravadas,
Pois
elas são bem dignas
De
eternamente serem
recordadas.
Ser
xerife é um encanto
Mas,
para autógrafos
não
há caderno,
Pois
não vês que ser Beatle
É
moderno, é moderno!...
Telefonemas,
cinema e lanches
Eu
estou, agora a recordar
E,
espero mesmo depois de velhas,
Tudo
isto à memória nos voltar.
Na
hora triste da despedida
Paira
nos corações a saudade.
Tu
vais partir para a vida
E,
eu só posso desejar-te Felicidade.
Felicidades
sem par
Na
tua nobre missão
É
o que te deseja uma amiga
Que
te dá um xi-coração.
1988,
em Vilar Formoso
OS
DIREITOS DA CRIANÇA
I
Nós,
as crianças
Queremos
brincar,
Fazer
as nossas danças
E
os outros amar.
II
Queremos
ser crianças,
Viver
e ser adultos
E
nunca estarmos,
Em
lugares ocultos.
Coro
As
crianças do Mundo
Não
querem mais guerra.
Querem
respirar fundo,
Nesta
bendita Terra.
Não
querem mais terror,
Nem
mentira, ou medo.
O
que querem é amor
E
ter o seu brinquedo.
III
As
nossas brincadeiras,
Nós
nunca dispensamos.
Sempre
boas maneiras
É
o que desejamos.
IV
Queremos
ser respeitadas
E,
os outros respeitar
Para
sermos amadas
E
muito amar.
Esta
poesia foi musicada e
fez parte de um Festival
da
Canção Infantil, em
Vilar Formoso,
ficando
em 4.º lugar.
O
Júri eram as próprias crianças.
Autora
da letra:
Gracinda
Dias
A
BOLA
I
Tenho
uma bonita bola
Que
o meu pai me quis dar,
Com
os amigos da escola,
Gosto
muito de jogar.
II
A
minha bola salta
Que
é mesmo um primor
E
a mim nunca me falta
Tratá-la
com amor.
Coro
Salta,
salta, salta,
Minha
bola redondinha.
Salta
e também rola
Minha
bola tão girinha!
Deixa
dar-te um pontapé,
Oh
minha bola lisa!
Para
mostrar como é,
Que
se mete golo na baliza.
III
Deitando
a bola ao chão,
Arranjei
amigos verdadeiros,
E,
com toda a união,
No
jogo somos primeiros.
IV
A
minha bola de futebol
Dá-me
muita alegria.
Com
amigos do mesmo rol,
Sou
feliz no dia-a-dia.
Esta
canção ficou em 3.º lugar no Festival da Canção Infantil, em
Vilar Formoso.
Autora
da Letra:
Gracinda
Tavares Dias
O
MEU LÁPIS
I
Quando
eu tinha 6 aninhos
E
entrei para a escola,
Deram-me
um lindo lápis,
Que
eu guardava na sacola.
CORO
Ai
o meu lápis
De
que eu gosto tanto.
Para
mim ele foi grátis
E
é um encanto.
Assim
eu queria
Com
ele trabalhar
Para
em cada dia
Poder
recordar.
II
Gosto
de garatujar,
Com
o meu lápis amigo.
Só
eu sei interpretar
Aquilo
que nele digo.
III
Também
posso desenhar
Os
meus jogos preferidos,
Para
os poder mostrar
Aos
meus amigos queridos
IV
Com
o meu lápis escrevi
Palavras
muito importantes
E,
com elas entendi
Que
já não sou como dantes.
A
MÃE
I
Maio
é o tempo das rosas
E
um mês muito lembrado,
Com
palavras tão formosas,
Ele
às mães é dedicado.
II
Quero
fazer um lindo ramo,
Das
flores mais atraentes,
Para
mostrar como a amo,
Dar-lho-ei
com palavras ardentes.
Coro
Oh!
Minha mãe, minha mãe,
Como
eu gosto de ti!
Oh!
Minha mãe, minha mãe
Não
podia viver sem ti.
Quero
a tua amizade,
Oh!
Minha mãe querida
E,
com toda a fraternidade,
No
meu coração tens guarida.
III
As
mães devem ser amadas
E,
com toda a atenção
Merecem
ser recordadas
Pelos
seus filhos, com afeição.
IV
As
mães são um tesouro
Que
muito devemos louvar,
Pois
no seu coração de ouro,
Há
sempre lugar para amar.
VISITA
À EXPOSIÇÃO
Gostámos
da exposição
E,
a brincar aprendemos.
É
esta a melhor lição
Que
ao vivo nós temos.
A
Escola Cultural atraente
É
o que as crianças desejam
E,
a quem amor por elas sente
Elas,
com gratidão, beijam.
Gracinda
Dias/Vilar Formoso
2006
Já
Voluntária da Santa Casa
da
Misericórdia de Cardigos
O
NATAL
A
25 de Dezembro
Nasceu
o Menino Jesus.
Ele
é o próprio Deus
E
também do Mundo a Luz.
A
Virgem Maria é a mãe,
Nós
somos todos irmãos.
Sejamos
muito amigos
E
demos as nossas mãos.
Vieram
pastores adorá-lo
E
presenteá-lo também.
Façamos
como eles
E
pratiquemos o bem.
Vieram
do Oriente
Três
Reis Magos adorá-Lo.
Com
ouro, incenso e mirra
Quiseram
homenageá-Lo.
As
famílias reunidas
Festejam
o Natal
E,
também trocam presentes
Nesse
dia memorial.
Ajudemos
os necessitados
Com
muita alegria,
Eles
se consolarão
Neste
tão lembrado dia.
Que
não seja só este dia,
O
do amor fraternal.
Mas,
que em todos eles,
Haja
sempre Natal.
A
todos desejamos
Felicidades
sem igual.
Que
haja paz e alegria
E,
a todos um Bom Natal.
A 1.ª e última quadra foram cantadas e tocadas pela Escola de Música de Cardigos, no Lar de Idosos, na Festa de Natal de 2006
Sem comentários:
Enviar um comentário