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Topo: Panorama da Cidade de Londres, com Canary Wharfao fundo, Meio à esquerda: Big Ben e placa do metrô,Meio à direita: London Eye e Palácio de Buckingham,Abaixo: panorama da Tower Bridge sobre o rio Tâmisa. |
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Localização de Londres na Inglaterra |
Coordenadas | 51° 30' 26" N 0° 7' 39" O |
Estado Soberano | Reino Unido |
País Constituinte | Inglaterra |
Região | Grande Londres |
Condados | Grande Londres Cidade de Londres |
Distritos | Cidade de Londres & 32 boroughs |
Fundação | 47 |
Administração |
- Prefeito | Sadiq Khan |
Área |
- Capital | 1 572 km² |
- Urbana | 1737,9 km² |
- Metro | 8382 km² |
- Cidade de Londres | 2,90 km² |
Altitude | 11 m |
População (2019) [1] |
- Total | 9 126 366 |
• Densidade | 5 805,6 hab./km² |
- Urbana | 9 787 426 |
- Metrópole | 14 040 163 |
• Densidade metro | 1 675 hab./km² |
Gentílico | Londrino (a) |
Informações |
- Fuso horário | UTC±0 (GMT) |
- Horário de verão | UTC+1 (BST) |
Código postal | E, EC, N, NW, SE, SW, W, WC, BR, CR, DA, EN, HA, IG, KT, RM, SM, TW, UB, WD (CM, TN; parcialmente) |
Código de área | 020, 01322, 01689, 01708, 01737, 01895, 01923, 01959, 01992 |
Língua(s) | Inglês |
Website |
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Londres é uma importante
cidade global (ao lado de
Nova Iorque,
Tóquio e
Paris) e é um dos maiores, mais importantes e influentes
centros financeiros do mundo.
[7][8][9][10][11] O centro de Londres abriga a sede de mais da metade das 100 melhores
companhias do
Reino Unido (o índice
FTSE 100) e mais de 100 das 500 maiores da
Europa. Londres possui forte influência na
política,
finanças,
educação,
entretenimento,
mídia,
moda,
artes e
culturaem geral, o que contribui para a sua posição global.
[11] É um importante destino turístico para visitantes nacionais e estrangeiros. Londres sediou os
Jogos Olímpicos de Verão de 1908,
1948 e
2012.
[12]
A cidade possui quatro
Patrimônios Mundiais: a
Torre de Londres; os
Reais Jardins Botânicos de Kew; o local que compreende o
Palácio de Westminster, a
Abadia de Westminster e a
Igreja de Santa Margarida; e o local histórico de
Greenwich (onde o
Observatório Real de Greenwich marca o
meridiano primário, 0°
longitude e
GMT).
[24] Outros marcos famosos incluem o
Palácio de Buckingham, a
London Eye,
Piccadilly Circus, a
Catedral de São Paulo, a
Tower Bridge, a
Trafalgar Square e o
The Shard. Londres é a sede de inúmeros
museus,
galerias,
bibliotecas e outras instituições culturais, como o
Museu Britânico, a
National Gallery,
Tate Modern e a
Biblioteca Britânica.
[25] O
metrô de Londres é a mais antiga rede ferroviária subterrânea do mundo.
[20][21]
A
etimologia de
Londres é incerta. O termo é antigo, pode ser encontrado em fontes do
século II. Em 121. a cidade foi registrada como
Londinium (
Londínio), o que aponta para a sua origem
romano-britânica. A primeira tentativa de explicação (agora desconsiderada) para o surgimento do nome da cidade é atribuída a
Godofredo de Monmouth em sua obra
Historia Regum Britanniae.
[26] Monmouth afirma que o nome se originou a partir do hipotético
Rei Lud, que havia sido levado para a cidade e a nomeou de
Kaerlud.
[27]
Em 1898, era comumente aceito que o nome era de origem
celta e que significa
lugar pertencente a um homem chamado * Londinos; esta explicação já foi rejeitada.
[26] Richard Coates apresenta uma outra explicação em 1998, dizendo que a palavra
Londres é derivada do termo do antigo europeu pré-céltico
*(p)lowonida, ou
rio muito largo para vadear, e sugeriu que este era um nome dado para a parte do
rio Tâmisa que atravessa Londres; a partir deste termo, o assentamento ganhou a forma céltica de seu nome,
* Lowonidonjon; no entanto, isso requer uma alteração bastante complexa. A dificuldade reside em conciliar a forma latina
Londinium com a forma em
galês moderno
Llundain, que deveria exigir a forma
*(h)lōndinion (em oposição a
*londīnion), a partir de
*loundiniom. Até 1889, o nome "Londres" oficialmente aplicada apenas para a cidade de Londres, mas, desde então, também se referiu ao
Condado de Londres e, agora, à
Grande Londres.
[3]
Duas descobertas recentes indicam prováveis assentamentos muito antigos próximos ao
Tâmisa, na área de Londres. Em 1999, os restos de uma ponte da
Idade do Bronze foram encontrados na área costeira ao norte da
Vauxhall Bridge. Esta ponte ou cruzava o rio Tâmisa, ou era ligada a uma ilha (perdida) no rio. Técnicas de
dendrologia dataram as madeiras ao ano de
1 500 a.C. Em 2010, as bases de uma grande estrutura de madeira, datada de
4 500 a.C., foram encontradas na área costeira do Tâmisa, ao sul de Vauxhall Bridge. A função dessa estrutura mesolítica ainda não é conhecida. Ambas as estruturas estão em
South Bank, em um ponto de cruzamento natural, onde o rio Effra deságua no
rio Tâmisa.
Embora não haja evidências de assentamentos britônicos dispersos na área, a cidade começou quando foi fundada por volta de 43 com o nome de
Londínio, no tempo em que as tropas do
exército romano lideradas pelo
imperador Cláudio tomaram posse da
Inglaterra. Os romanos utilizaram
materiais de construção da época para a realização das obras de um
porto fluvialna margem norte do
rio Tâmisa, que ainda não o era como de hoje. Na verdade, os
romanos apontaram esse lugar como propício para a sua
construção porque nas margens do rio, a leste desse ponto estratégico, existiam muitas
áreas pantanosas. O porto recebeu dos romanos o nome de Londínio, que na língua inglesa quer dizer
London e na língua portuguesa pode ser traduzido como
Londres.
[31]
Um fragmento da antiga Muralha de Londres
Esta fase durou cerca de 25 anos até a pilhagem pelos
icenos, tribo celta, liderada pela rainha
Boadiceia. Londres foi reconstruída, possibilitando um rápido desenvolvimento nos anos seguintes. Acredita-se que se tenha tornado a capital da Britânia no
século II, substituindo a antiga capital,
Colchester. Nas primeiras décadas do
século III, os soldados romanos serviram como pedreiros nas obras do então chamado
Muro de Londres ao redor da cidade, cujo objetivo era uma solução para evitar que a área urbana da época fosse destruída. O Muro de Londres, propriamente dito, e as muralhas posteriores serviram como limites da atual
capital do
Reino Unido há séculos.
[31]
Em 410, ocorreu a
invasão bárbara em
Roma. Naquela época, os soldados da
província romana da Britânia foram confiados pela segunda vez para expulsar os invasores, mas nada adiantou. Sua população de aproximadamente 45 000 a 60 000
habitantes acabou diminuindo em virtude do domínio bárbaro. De acordo com os
historiadores, o ano de 410 é a data que marca a época em que a Inglaterra deixou de ser governada pelos romanos e passou a ser entregue aos
bárbaros. Os
ingleses nascidos na própria Inglaterra, que já se transferiram com suas bagagens para Londres, firmaram como sua verdadeira morada e fizeram com que a povoação continuasse sendo um
centro comercial. Pouca coisa sobreviveu da Londres romana, menos porções do que era antigamente o Muro de Londres e ruínas de algumas escassas obras da
arquitetura romana.
[31]
Com o colapso do domínio romano no início do
século V, Londres deixou de ser uma capital e a cidade murada de Londínio foi efetivamente abandonada embora a
civilização romana tenha se mantido na área de
St Martin-in-the-Fields até por volta de 450.
[32] Por volta do ano 500, um assentamento
anglo-saxão conhecido como
Lundenwic desenvolveu-se na mesma área, um pouco a oeste da antiga cidade romana.
[33] Em 680, a área tinha sido reavivada o suficiente para tornar-se um importante porto, embora haja pouca evidência de produção em larga escala de produtos. Na década de 820, a cidade entrou em declínio por causa de repetidos ataques de
viquingues e a
Crônica Anglo-Saxônica registra que o povoamento só foi "refundado" em 886, por
Alfredo, o Grande. Pesquisas arqueológicas mostram que esse "ressurgimento" envolveu o abandono de Lundenwic e o renascimento da vida e do comércio dentro das antigas muralhas romanas. Londres então cresceu lentamente até cerca de 950, depois que a atividade humana na área aumentou dramaticamente.
No
século XI, Londres era a maior cidade de toda a
Inglaterra. A
Abadia de Westminster, reconstruída em
estilo românico pelo rei
Eduardo, o Confessor, era uma das mais grandiosos igrejas da
Europa. A cidade de
Winchester tinha sido anteriormente a capital da Inglaterra anglo-saxã, mas a partir deste momento em diante, Londres tornou-se o principal fórum para os comerciantes estrangeiros e a base para a defesa da nação em tempos de guerra. Na visão de
Frank Stenton: "Ela tinha os recursos e foi desenvolvendo rapidamente a dignidade e a auto-consciência política apropriada para uma capital nacional."
Durante o
século XII, as instituições do governo central, que até então tinham acompanhado a corte real inglesa enquanto se movia ao redor do país, cresceram em tamanho e sofisticação, tornando-se cada vez mais fixas em um só lugar. Na maioria dos casos essas instituições foram agrupadas em Westminster, embora o tesouro real tenha sido movido para a Torre. Enquanto a
City of Westminster desenvolvia-se como uma verdadeira capital em termos de governo, a sua distinta vizinha, a cidade de Londres, manteve-se como a maior cidade da Inglaterra, seu principal centro comercial e floresceu sob sua própria administração, a
Corporação de Londres. No ano de 1100, a população da cidade era de cerca de 18 mil habitantes; em 1300 tinha crescido para cerca de 100 mil pessoas. No entanto, um desastre abateu a cidade durante a
Peste Negra, em meados do
século XIV, quando Londres perdeu quase um terço de sua população. A cidade também foi o foco da
revolta camponesa de 1381.
[43]
No
século XVI,
William Shakespeare e seus contemporâneos viveram em Londres em um momento de hostilidade para o desenvolvimento do
teatro. No final do período Tudor, em 1603, Londres ainda era muito compacta. Houve uma tentativa de assassinato contra
Jaime VI & I, em Westminster, através da
Conspiração da Pólvora, em 5 de novembro de 1605. Londres foi atormentada por uma
doença no início do
século XVII,
[49] culminando com a
Grande Peste de 1665-1666, que matou cerca de 100 mil pessoas, ou um quinto da população da cidade na época.
[50]
Jorge III ascendeu ao trono em 1760 e ficou no poder ao longo dos próximos 60 anos. Durante o
século XVIII, Londres estava infestada por crimes e os
Bow Street Runners foram estabelecidos em 1750 como uma
força policial profissional.
[55] No total, mais de 200 crimes eram
punidos com a morte[56] e até mulheres e crianças foram
enforcados por pequenos furtos.
[57] Mais de 74% das crianças nascidas em Londres morria antes de completar cinco anos de idade.
[57] Os
cafés tornaram-se um local popular para debater ideias, com o crescimento da
alfabetização e do desenvolvimento da
imprensa, que tornou as
notícias amplamente disponíveis;
Fleet Street se tornou o centro da imprensa britânica.
[58]
“ | Não há nenhum homem, entre os intelectuais, que esteja disposto a deixar Londres. Não, senhor, quando um homem está cansado de Londres, ele está cansado da vida; por isso há em Londres tudo o que a vida pode oferecer. | ” |
Em 1951, o Festival da Grã-Bretanha foi realizada na margem sul. O
Grande Nevoeiro de 1952 levou ao
Clean Air Act de 1956, que terminou aos nevoeiros de poluição pelos quais Londres era conhecida. A partir da década de 1940, a cidade tornou-se o lar de um grande número de imigrantes, principalmente de países da
Commonwealth, como
Jamaica,
Índia,
Bangladesh e
Paquistão, tornando Londres uma das mais
cosmopolitas cidades da Europa.
[62]
Principalmente a partir de meados da década de 1960, Londres tornou-se um centro para a cultura jovem mundial, exemplificada pela subcultura
Swinging London, associada a
King's Road,
Chelsea e
Carnaby Street. Esse papel de polo cultural foi revivido durante a era
punk. Em 1965, os limites políticos de Londres foram expandidos para levar em conta o crescimento de
sua enorme área urbana e o novo
Conselho da Grande Londres foi criado. Durante os distúrbios na
Irlanda do Norte conhecidos como
The Trouble, a cidade sofreu a ataques com bombas promovidos pelo
Exército Republicano Irlandês(IRA). A desigualdade racial foi destacada pelo motim de
Brixton em 1981. A população da Grande Londres diminuiu de forma constante nas décadas após a Segunda Guerra Mundial, a partir de um pico estimado de 8,6 milhões em 1939 para cerca de 6,8 milhões em 1980. Os principais portos de Londres mudaram-se para Felixstowe e Tilbury, o que tornou a área das
Docas de Londres um foco para a regeneração com o desenvolvimento de centro financeiro de
Canary Wharf, o que foi consolidado com o papel cada vez maior de Londres como um centro financeiro internacional durante a década de 1980.
[63]
A
Barreira do Tâmisa foi concluída na década de 1980 para proteger Londres contra as
marés do
mar do Norte. O Conselho da Grande Londres foi abolido em 1986, que tornou Londres uma das únicas grandes
metrópoles do mundo, sem uma administração central. Em 2000, o governo em toda a Londres foi restaurado com a criação da
Autoridade da Grande Londres. Para comemorar o início do
século XXI, o
Domo do Milênio, a
London Eye e a
Millennium Bridge foram construídas. Ao longo da década de 2000, a cidade sofreu dois
ataques terroristas — um em
julho de 2005 e outro em
junho de 2007 — efetuados por
fundamentalistas islâmicos. Em agosto de 2011, uma
série de tumultos e saques tomaram conta da cidade (e depois de toda a Inglaterra) por conta da
morte de Mark Duggan, que foi assassinado por policiais. Em 6 de julho 2005, Londres foi escolhida como sede dos
Jogos Olímpicos de Verão de 2012, tornando-se a primeira cidade a sediar os
Jogos Olímpicos por três vezes.
[64]
A
Grande Londres é a subdivisão administrativa superior que abrange toda a cidade. Quarenta por cento da Grande Londres é coberta pelo distrito postal de Londres. O código de área do telefone de Londres (020) cobre uma área maior, semelhante em tamanho da Grande Londres, embora algumas zonas exteriores sejam omitidas e em alguns lugares exteriores estejam inclusos. A área contida dentro do anel formado pela rodovia
M25 é geralmente conhecida como "Londres".
[66]
A Grande Londres ocupa uma área de 1 583 quilômetros quadrados, continha uma população de 7 172 036 de habitantes em 2001 e uma
densidade populacional de 4 542 habitantes por quilômetro quadrado. A área maior, conhecida como
Região Metropolitana de Londres, cobre uma área de 8 382 quilômetros quadrados (3,236 sq mi), tem uma população de 12 653 500 e uma densidade populacional de 1 510 habitantes por quilômetro quadrado.
[71] A Londres moderna se estende pelo
Tâmisa, sua característica geográfica primária, um rio navegável que atravessa a cidade de sudoeste a leste. O Vale do Tamisa é uma
planície de inundação cercada por colinas suaves, como
Parliament Hill, Addington Hills e
Primrose Hill. O Tâmisa já foi um rio raso muito mais amplo, com extensos
pântanos; na
maré alta, suas costas atingiam cinco vezes a sua largura atual.
Desde a
era vitoriana, o Tâmisa tem sido extensivamente aterrado e muitos de seus afluentes agora correm no subsolo. O Tâmisa é um rio de
maré, o que faz de Londres uma cidade vulnerável a inundações.
[73] A ameaça tem aumentado ao longo do tempo por causa de um aumento lento, mas contínuo, no nível da água na cidade, elevado pela leve 'inclinação' da Grã-Bretanha (do norte ao sul), causada por ajustes pós-glaciais.
[74]
Em 1974, iniciou-se a construção da
Barreira do Tâmisa em
Woolwich, para lidar com a ameaça de inundação. A construção durou uma década e a barreira foi projetada para funcionar até aproximadamente 2070, mas conceitos para o seu futuro alargamento ou redesenho já estão sendo discutidos.
[75]
Alguns espaços abertos semi-naturais mais informais também existem, como o
Hampstead Heath, um parque de 320
hectaresno norte da cidade.
[83] O parque incorpora a Kenwood House, uma antiga casa senhorial e um local popular nos meses de verão, onde clássicos concertos musicais são realizadas à beira do lago, atraindo milhares de pessoas todos os finais de semana para desfrutar da música, cenário e fogos de artifício.
[84]
Londres tem um
clima temperado oceânico (
Köppen: Cfb), similar a grande parte do sul da
Grã-Bretanha. Apesar de sua reputação de ser uma cidade chuvosa, Londres recebe menos precipitação (com 601 milímetros por ano) do que
Roma (834 milímetros),
Bordeaux (923 mm),
Toulouse (668 mm) e
Nápoles (1006 mm).
[85][86][87][88] Os invernos são geralmente frios, com
geadas ocorrendo geralmente os subúrbios, em média, duas vezes por semana de novembro a março. A
nevegeralmente ocorre cerca de quatro ou cinco vezes por ano, principalmente entre dezembro e fevereiro. A queda de neve nos meses de março e abril é rara, mas ocorre a cada dois ou três anos. As temperaturas do inverno raramente caem abaixo de -4 °C (24,8 °F) ou acima de 14 °C (57,2 °F). Durante o inverno de 2010, Londres registrou a sua temperatura mais baixa, -14 °C, em Northolt, e a neve mais pesada vista por quase duas décadas, uma enorme pressão sobre a infraestrutura de transportes londrina.
Os registros de temperaturas extremas em Londres vai de 38,1 °C (100,6 °F), em
Kew durante agosto de 2003, até -16,1 °C (3,0 °F) em Northolt, durante janeiro de 1962. Temperaturas abaixo de -20 °C (-4,0 °F) têm sido observados desde antes do
século XX, mas a precisão não pode ser validada.
[89]
Os verões londrinos são geralmente quentes e, às vezes, o calor é impulsionado pelo efeito urbano de
ilha de calor, o que faz com que o centro da cidade fique até 5 °C mais alta do que nos subúrbios e periferias. A temperatura média do verão de Londres é de 24 °C (75,2 °F). Em média, há sete dias por ano com temperaturas acima de 30 °C (86,0 °F) e dois dias por ano acima de 32 °C (89,6 °F). Temperaturas de 26 °C (79 °F) ocorrem semanalmente entre meados de junho e o final de agosto.
[Esconder] |
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| Ago | Set | Out | Nov | Dez | Ano |
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| 37,5 | 30 | 28,8 | 19,9 | 15 | 37,5 |
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| 22,9 | 20,1 | 15,6 | 11,4 | 8,6 | 15,2 |
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| 13,7 | 11,2 | 8,3 | 5,1 | 2,8 | 7,4 |
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| 6 | 3 | -4 | -5 | -7 | -10 |
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| 51,6 | 50,4 | 68,8 | 58 | 53 | 591,7 |
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| 7,6 | 8,5 | 10,7 | 10,1 | 9,9 | 110,4 |
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| 0 | 0 | 0 | 1 | 3 | 16 |
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| 95 | 96 | 95 | 93 | 91 | 92,3 |
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| 195,1 | 138,9 | 108,1 | 58,5 | 37,4 | 1 480,5 |
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Com o aumento da
industrialização, a população da cidade cresceu rapidamente ao longo do
século XIX e início do XX, sendo durante este período a cidade mais populosa do mundo, até ser ultrapassada por
Nova Iorque, em 1925. A população londrina atingiu um pico de 8 615 245 habitantes em 1939, imediatamente antes da eclosão da
Segunda Guerra Mundial, mas caiu para 7 192 091 habitantes no censo britânico de 2001. No entanto, a população cresceu pouco mais de um milhão entre os censos de 2001 e 2011, chegando a 8 173 941 na última pesquisa. A área urbana contínua de Londres, porém, se estende além das fronteiras da
Grande Londres e era a casa de 8 278 251 pessoas em 2001,
[16]enquanto a
sua área metropolitana tem uma população entre 12 e 14 milhões de pessoas, dependendo da definição utilizada.
[17][95] De acordo com o
Eurostat, Londres é a cidade e a área metropolitana mais populosa da
União Europeia e a segunda mais populosa da
Europa (ou terceira, se
Istambul está incluída). Entre 1991 e 2001, 726 mil imigrantes chegaram em Londres.
[96]
De acordo com o
Office for National Statistics (ONS), com base em dados do censo de 2011, 59,8% dos 8 173 941 habitantes de Londres são
brancos (44,9% brancos
britânicos, 2,2% brancos
irlandeses, 0,1% brancos
ciganos e 12,1% classificados como "outros brancos"). Cerca de 20% dos londrinos são de origem asiática (19,7% de descendência asiática completa e 1,2 descendentes miscigenados de asiáticos). Os
indianos representam 6,6% da população da cidade, seguidos por
paquistaneses e
bengaleses com 2,7% cada. Os chineses representam 1,5% e os
árabes 1,3% da população da cidade. Há ainda outros 4,9% de londrinos que são classificados como "outros asiáticos". Os
negros e seus descendentes representam 15,6% da população de Londres, sendo 13,3% de ascendência completamente negra e 2,3% de multirraciais. Os negros são responsáveis por 7% da população africana da cidade (4,2% são classificados como "negros caribenhos" e 2,1% como "outros negros"). 5% dos londrinos são miscigenados.
[101] Já em 1185, o cronista Ricardo de Devizes queixava-se de que em Londres "se amontoavam homens de todos os países que há debaixo do céu".
[102]
As crianças negras e asiáticas superam as crianças brancas britânicas em cerca de seis para quatro nas escolas públicas da cidade.
[103] No entanto, as crianças brancas representavam 62% dos 1 498 700 de habitantes de Londres com idade entre 0 e 15 anos em 2009. Segundo estimativas do ONS, 55,7% da população com idade entre 0 a 15 anos é branca britânica, 0,7% é branca irlandesa e 5,6% é de brancos de outras origens da União Europeia.
[104] Em janeiro de 2005, um levantamento sobre a diversidade étnica e religiosa de Londres registrou mais de 300 idiomas falados na cidade e identificou mais de 50 comunidades não-nativas que têm uma população superior a 10 mil pessoas. Dados do ONS mostram que, em 2010, a população estrangeira de Londres era de 2 650 000 (33%), contra 1 630 000 em 1997.
[105]
De acordo com o censo de 2011, os maiores grupos religiosos da cidade são
cristãos (48,4%), seguidos por aqueles sem
nenhuma religião (20,7%),
muçulmanos (12,4%), sem resposta (8,5%),
hindus (5%),
judeus (1,8%),
sikhs (1,5%),
budistas(1%) e outros (0,6%). Londres é tradicionalmente uma cidade cristã e tem um grande variedade de igrejas, particularmente no
centro. A famosa
Catedral de São Paulo e a Catedral Southwark são centros administrativos
anglicanos,
[109] enquanto o
Arcebispo de Canterbury, o principal bispo da
Igreja da Inglaterra e da
Comunhão Anglicana, tem a sua principal residência no
Palácio de Lambeth, no
borough de
Lambeth.
[110]
Londres é o lar de consideráveis comunidades de muçulmanos, hindus, sikhs e de judeus. Muitos muçulmanos vivem em
Tower Hamlets e
Newham; o mais importante edifício muçulmano da cidade é a Mesquita Central de Londres, à beira do
Regent's Park.
[114] Após o
boom do petróleo, houve um aumento do número de muçulmanos ricos vindos do
Oriente Médio que têm se estabelecido em torno de
Mayfair e
Knightsbridge, na região oeste da cidade.
[115][116] Londres é o lar da maior mesquita da Europa Ocidental, a Mesquita Baitul Futuh, da comunidade muçulmana ahmadi. A grande comunidade hindu de Londres é encontrada em bairros do noroeste, como
Harrow e Brent, sendo o último o lar de um dos maiores templos hindus da Europa, o Templo Neasden.
[117] A comunidade
sikh está localizada no leste e no oeste da cidade, que também é o lar do maior templo sikh do mundo fora da
Índia.
[118]
A maioria dos
judeus britânicos vive em Londres, sendo que as comunidades judaicas significativas localizam-se em
Stamford Hill,
Stanmore,
Golders Green,
Hampstead,
Hendon e
Edgware, no
norte da cidade. Stanmore and Canons Park Synagogue tem o maior número de membros do que qualquer outra sinagoga ortodoxa única em toda a Europa, ultrapassando sinagoga de Ilford (também em Londres), em 1998.
[119] A comunidade judaica criou o Fórum Judeu de Londres em 2006.
[120]
A administração de Londres é feita de duas maneiras: em nível geral e local. A administração de toda a cidade é coordenada pela
Greater London Authority (GLA), enquanto que a administração local é realizada por 33 autoridades menores.
[121] A GLA consiste de dois componentes eleitos: o
prefeito de Londres, que tem
poderes executivos, e a
Assembleia de Londres, que analisa as decisões do prefeito e pode aceitar ou rejeitar suas propostas orçamentárias a cada ano. A sede da assembleia é o
Paço Municipal, em
Southwark, e o atual prefeito é
Sadiq Khan, membro do
Partido Trabalhista. O
plano diretor da prefeitura é publicado sob o nome "Plano de Londres", mais recentemente publicado em 2011.
[122] As autoridades locais são os conselhos dos 32
boroughs de Londres e da
City of London Corporation.
[123] Elas são responsáveis por serviços regionais, como o planejamento local, a administração de escolas, serviços sociais, estradas e coleta de lixo. Algumas funções, como gestão de resíduos, são fornecidas através de acordos conjuntos. No período 2009-2010 os gastos combinados dos conselhos da cidade e da Assembleia foram de pouco mais de 22 bilhões de
libras esterlinas (14,7 bilhões para os
boroughs e 7,4 bilhões para a GLA).
[124]
O Corpo de Bombeiros de Londres é o serviço oficial de resgate e combates a incêndios na
Grande Londres. Ele é gerido pela London Fire and Emergency Planning Authority e é o terceiro maior serviço de combate a incêndios do mundo.
[129] Os
serviços de emergência do
National Health Service (NHS) são fornecidos pelo London Ambulance Service (LAS), um dos maiores serviços de emergência do planeta.
[130]
Segundo à
Greater London Authority, existem 46 outras localidades no mundo cujo nome é uma homenagem ou citação a Londres, em seis continentes.
[133] Assim como a geminação de Londres, suas cidades irmãs também possuem geminações com partes de outras cidades em todo o mundo.
A vasta
área urbana de Londres é frequentemente descrita através do uso de vários nomes de distritos, como
Bloomsbury,
Mayfair,
Wembley e
Whitechapel. Estes são designações informais, que refletem os nomes de vilas que foram absorvidas pela expansão da
Grande Londres ou que são substituições de antigas unidades administrativas, como paróquias ou antigos
bairros. Esses nomes têm permanecido em uso por tradição, sendo cada um referente a uma área local com características próprias, mas sem limites oficiais. Desde 1965, a Grande Londres é dividida em
32 boroughs, além da antiga
Cidade de Londres (conhecida como
City of London ou simplesmente
City).
[145] A
City é o principal
centro financeiro, enquanto
Canary Wharf se desenvolveu recentemente como um novo centro comercial nas
Docklands, a leste.
[147]
O
West End é o principal polo comercial e de entretenimento de Londres, atraindo turistas.
[148] West London inclui áreas residenciais caras, onde as propriedades podem valer dezenas de milhões de
libras. O preço médio de imóveis em
Kensington e Chelsea é de 894 mil libras esterlinas.
[149]
O
East End é a área mais próxima do porto original de Londres e é conhecida por sua numerosa população de imigrantes, bem como por ser uma das áreas mais pobres da cidade.
[150] A área de
East London circundante experimentou muito do desenvolvimento industrial no início de Londres; agora, zonas industriais em toda a área estão sendo reconstruídos como parte do
Thames Gateway, como o London Riverside e Lower Lea Valley, onde foi desenvolvido o
Parque Olímpico Rainha Isabel, construído para os
Jogos Olímpicos de Verão de 2012.
[150]
A maior indústria de Londres é o
setor financeiro e suas exportações financeiras o tornaram um grande contribuinte da
balança de pagamentos do Reino Unido. Cerca de 325 mil pessoas estavam empregadas na área de serviços financeiros na cidade em meados de 2007. Londres tem cerca de 480 bancos estrangeiros, mais do que qualquer outra cidade no mundo. Mais de 85% (3,2 milhões) da população ocupada de grande Londres trabalha no setor de serviços. Por causa de seu papel de destaque mundial, a economia de Londres foi afetada pela
crise financeira de 2008. A cidade de Londres é o lar de instituições como
Banco da Inglaterra,
Bolsa de Valores de Londres e
Lloyd's of London.
[154]
Mais da metade das 100 maiores empresas do Reino Unido (de acordo com índice
FTSE 100) e mais de 100 das 500 maiores empresas da
Europa têm a sua sede no
centro de Londres. Mais de 70% das empresas listadas no FTSE 100 estão localizadas dentro da área metropolitana de Londres e 75% das empresas do
Fortune 500 tem escritórios na capital britânica.
[155]
Juntamente com os serviços profissionais, as empresas de mídia estão concentradas em Londres e o setor de distribuição de mídia é o segundo mais competitivo na cidade.
[156] A
BBC é um importante empregador, enquanto outras emissoras também têm sede na cidade. Muitos jornais nacionais são editados em Londres. A cidade é um importante centro de
varejo e em 2010 teve as maiores vendas de varejo não-alimentar no mundo, com gastos totais em torno de 64,2 bilhões de libras esterlinas.
[157] O
Porto de Londres é o segundo maior no Reino Unido, manipulando 45 milhões de toneladas de carga por ano.
[158]
Londres tem cinco grandes áreas de negócios:
City,
Westminster,
Canary Wharf,
Camden &
Islington e
Lambeth &
Southwark. Uma maneira de avaliar a importância econômica da cidade observar a quantidade relativa de espaço de escritórios: a Grande Londres tinha 27 milhões de m² em espaço de escritório em 2001 e a City contém a maior parte deste espaço, com 8 milhões de m². Londres tem alguns dos mais altos preços imobiliários em todo o mundo.
[159][160]
Segundo da ranking da
MasterCard, Londres foi a cidade mais visitada em 2014.
[165]
Londres é um importante polo de ensino superior e de pesquisa e suas 43 universidades formam a maior concentração de instituições de ensino superior da Europa. Em 2008/09, a cidade tinha 412 mil estudantes no ensino superior (cerca de 17% do total do Reino Unido), dos quais cerca 287 mil estavam matriculados em cursos de
graduação e 118 mil estavam matriculados na
pós-graduação. Em 2008/09, havia cerca de 97.150 estudantes internacionais em Londres, cerca de 25% de todos os estudantes internacionais no país.
[166]
Há também várias universidades fora do sistema da
Universidade de Londres, como a
Universidade de Brunel,
City University,
Imperial College London,
Universidade das Artes de Londres (a maior universidade de arte, design, moda, comunicação e teatro da Europa),
[172] University of East London,
Universidade de Westminster, entre outras.
Um dos táxis negros de Londres, também conhecidos como
hackney carriage
O transporte é uma das quatro principais áreas do governo do prefeito de Londres,
[173] no entanto o controle financeiro da prefeitura não abrange a rede ferroviária de longa distância que entra na cidade. Em 2007, ele assumiu a responsabilidade de algumas linhas locais, que agora formam a rede
London Overground. A rede de transporte público é administrada pela
Transport for London (TfL) e é uma das mais extensas do mundo. Andar de bicicleta é uma maneira cada vez mais popular para se deslocar em Londres. A
London Cycling Campaign foi criada para pedir por uma melhor estrutura aos ciclistas.
[174]Por ter sido um dos maiores portos do mundo, o
Porto de Londres é atualmente o segundo maior do
Reino Unido, movimentando 45 milhões de toneladas de carga anualmente.
[158]
Heathrow (na foto o Terminal 5) é o aeroporto mais movimentado do mundo em tráfego internacional.
[176][177]
A cidade de Londres é um importante polo aeroviário internacional, sendo o espaço aéreo da cidade o maior do mundo. Oito aeroportos usam a palavra "Londres" em seu nome, mas a maior parte do tráfego aéreo passa por seis deles. O
Aeroporto de Heathrow, em
Hillingdon, na região oeste, é o aeroporto mais movimentado do mundo em tráfego internacional e é o principal
hub da companhia aérea britânica
British Airways.
[178] Em março de 2008 o Terminal 5 do aeroporto foi aberto.
[179] Havia planos para uma terceira pista e um sexto terminal de passageiros, porém estes planos foram cancelados pelo governo de coligação em 12 de maio de 2010.
[180] Em setembro de 2011 um sistema de
trânsito rápido pessoal foi aberto em Heathrow para se conectar a um estacionamento nas proximidades.
[181] Um tráfego aéreo de movimento semelhante, com a adição de alguns
voos de baixo-custo de
curta distância, também passa pelo
Aeroporto de Gatwick, no sul da cidade, em
West Sussex.
[182]
O Aeroporto Londres Southend, em Essex, na região leste, é um aeroporto menor e regional que atende principalmente voos baratos de curta distância. Recentemente, passou por um grande projeto de reformulação que incluiu um novo terminal, a ampliação da pista de pouso e uma nova estação ferroviária que oferece ligações rápidas para a capital britânica. A empresa
EasyJet tem uma base nesse aeroporto.
[185][186]
Mapa da rede de 400 km de extensão do metrô
Mais de três milhões de viagens são feitas todos os dias na rede do metrô londrino e mais de 1 bilhão anualmente.
[190] Um programa de investimento está tentando resolver problemas de congestionamento e confiabilidade, incluindo 7 bilhões de libras esterlinas (10 bilhões de euros) de melhorias voltadas para os
Jogos Olímpicos de Verão de 2012.
[191] A cidade de Londres tem sido elogiada pela qualidade de seu
transporte público.
[192]
Há também uma extensa rede de trens suburbanos acima do solo, particularmente no sul da cidade, que tem menos linhas subterrâneas. Londres abriga a estação mais movimentada estação da
Grã-Bretanha —
Waterloo — com mais de 184 milhões de pessoas que utilizam o complexo de transferência a cada ano. As estações dispõem de serviços para as regiões sudeste e sudoeste de Londres e também para as regiões sudeste e sudoeste da Inglaterra.
[193][194] A maioria das linhas ferroviárias terminam em torno do
centro de Londres, por dezoito estações e terminais, com exceção dos trens do
Thameslink, que fazem ligação com Bedford e
Brighton.
[195]
A rede de ônibus de Londres é uma das maiores do mundo, funcionando 24 horas por dia, com 8 mil ônibus, 700 linhas e mais de 6 milhões de viagens de passageiros feitas todas os dias da semana. Em 2003, a rede teve um número estimado de 1,5 bilhão de viagens suburbanas por ano, mais do que o metrô. Cerca de 850 milhões de libras são geradas em receitas anualmente. A cidade tem a maior rede com acesso para cadeirantes em todo o mundo
[198] e, desde o terceiro trimestre de 2007, tornou-se mais acessível para passageiros com deficiências visual e na audição após a introdução de anúncios áudio-visuais. Os característicos ônibus vermelhos de dois andares são reconhecidos internacionalmente e são uma marca registrada do transporte londrino, juntamente com os táxis pretos e o metrô.
[199][200]
Londres tem uma rede moderna de
bondes conhecida como
Tramlink, com sede em
Croydon, no sul da cidade. A rede tem 39 estações, três rotas e transportou 26,5 milhões de pessoas em 2008. Desde junho de 2008, a
Transport for London assumiu completamente a
Tramlink e planeja 54 milhões de libras esterlinas até 2015 em manutenção, renovações, atualizações e melhorias de capacidade do sistema. Desde abril de 2009 todos os bondes foram remodelados.
[201]
Embora a maioria das viagens que envolvam o
centro de Londres sejam feitas através do transporte público da cidade, viajar de carro é comum nos
subúrbios londrinos. O anel viário (em torno do centro), as estradas circulares Norte e Sul (na periferia) e a auto-estrada orbital exterior (a
M25, fora da área urbana) cercam a cidade e são atravessados por várias rotas-radiais, apesar de muito poucas
autoestradas entrarem no interior de Londres. A M25 é o maior
rodoanel do mundo, com 195,5 km de extensão. As rodovias A1 e
M1 conectam Londres à
Edimburgo,
Leeds e
Newcastle.
[202]
Um plano para uma ampla rede de
autoestradas por toda a cidade (o
Ringways Plan) foi elaborado na década de 1960, mas foi cancelado em grande parte na década de 1970. Em 2003, o
pedágio urbano foi introduzido para reduzir o volume de tráfego de veículos no centro da cidade. Com poucas exceções, os motoristas são obrigados a pagar 10 libras por dia para dirigir dentro de uma zona definida que abrange grande parte do congestionado centro de Londres.
[203][204] Os motoristas que são moradores da zona definida podem comprar um passe de temporada de valor muito reduzido, que é renovado mensalmente e é mais barato que uma passagem de ônibus correspondente.
[205] A cidade é famosa por seus congestionamentos, sendo a autoestrada M25 o trecho rodoviário mais movimentado do país. A velocidade média de um carro na
hora do rush londrina é de 17,1 km/h.
[206] O governo da cidade inicialmente previu "Zonas de Taxa de Congestionamento" para aumentar o período de pico metrô e da rede de ônibus em 20 mil pessoas, reduzir o tráfego de 10 a 15%, aumentar a velocidade do trânsito de 10 a 15% e reduzir as filas de 20 a 30%.
[207] Ao longo de vários anos, o número médio de veículos que entram no centro de Londres semanalmente foi reduzido de 195 mil para 125 mil carros — uma redução de 35% no número de veículos que circulam por dia.
[208]
As construções londrinas são muito diversificadas e são caracterizadas por vários estilos arquitetônicos diferentes, em parte por causa da idade das edificações. Muitos casarões e prédios públicos, como a
Galeria Nacional, foram construídos a com pedras de Portland. Algumas áreas da cidade, especialmente na região oeste, são caracterizadas por seus edifícios com
estuque ou argamassa branca. Poucas das estruturas no centro de Londres são anteriores ao
Grande Incêndio de 1666, mas ainda existem vestígios da
era romana, como a
Torre de Londres, e alguns sobreviventes da
Era Tudor ainda estão espalhados pela
City. A
Hampton Court é o mais antigo palácio da era Tudor na
Inglaterra, construído pelo Cardeal
Thomas Wolsey, cerca de 1515.
[209] Igrejas de
Christopher Wren do final do
século XVII, instituições financeiras dos séculos XVIII e XIX, como a
Royal Exchange e o
Banco da Inglaterra, e edificações do início do
século XX, como
Old Bailey e o prédio residencial Barbican Estate, fazem parte da variada herança arquitetônica da cidade.
A
Usina Termelétrica de Battersea, construída em 1939 e atualmente desativada, é um marco local, enquanto alguns terminais ferroviários são excelentes exemplos da
arquitetura vitoriana, principalmente as estações St. Pancras e
Paddington. O
Monumento ao Grande Incêndio de Londres, na
Cidade de Londres, relembra o incêndio que arrasou a cidade em 1666 e que se originou nas suas proximidades. Os arcos
Marble e
Wellington, no extremos norte e sul da rua Park Lane, têm conexões reais, assim como o
Albert Memorial e
Royal Albert Hall, em
Kensington. A
Coluna de Nelson é um monumento reconhecido nacionalmente na
Trafalgar Square, um dos pontos principais do centro da cidade. Os edifícios mais antigos são feitos principalmente, de alvenaria, geralmente com tijolos londrinos vermelhos ou alaranjados e são muitas vezes decorados com esculturas e molduras de
gesso branco.
Nas áreas mais densas há maior concentração de construções médias e altas. Os
arranha-céus londrinos, como
30 St Mary Axe,
Tower 42, Broadgate Tower e
One Canada Square, são normalmente encontrados nos dois
distritos financeiros da cidade, a
Cidade de Londres e
Canary Wharf. O desenvolvimento de arranha-céus é restrito a determinados locais se a construção for obstruir a vista de edifícios famosos, como
Catedral de São Paulo, e outros edifícios históricos. No entanto, existem arranha-céus muito altos no centro de Londres, como o
Shard London Bridge, que com mais de 300 metros de altura é o prédio mais alto da
União Europeia.
[212]
Vista panorâmica em 360° da cidade de Londres a partir da London Eye.
Dentro da
Cidade de Westminster, o centro de entretenimento de
West End tem seu foco em torno da
Leicester Square, onde estreias de filmes locais e internacionais são realizadas, e
Piccadilly Circus, com seus anúncios eletrônicos gigantes.
[214] O distrito dos teatros fica em West End, assim como muitos cinemas, bares, clubes e restaurantes, incluindo o bairro de
Chinatown da cidade (no
Soho) e a leste de
Covent Garden, uma área de lojas especializadas em várias áreas. A cidade é a casa de
Andrew Lloyd Webber, cujo
musicais têm dominado West End desde o final do
século XX.
[215] Royal Ballet, English National Ballet,
Royal Opera e English National Opera são instituições sediadas em Londres e se apresentam em locais como a
Royal Opera House, o
Coliseu, o Teatro Sadler's Wells e o
Royal Albert Hall.
[216]
A Upper Street, em Islington, com 1,6 km de extensão, tem mais bares e restaurantes do que qualquer outra rua no Reino Unido.
[217] A área comercial mais movimentada da Europa é a
Oxford Street, uma rua comercial de 1,6 km de comprimento, o que a torna a maior rua comercial do país. Oxford Street é o lar de um vários varejistas e
lojas de departamento, incluindo a mundialmente famosa
Selfridges.
Knightsbridge é a sede da igualmente famosa loja de departamentos
Harrods.
[218]
A cidade sedia uma grande variedade de eventos anuais, como a relativamente nova Parada do Dia de Ano Novo, a queima de
fogos de artifício na
London Eye, o
Carnaval de Notting Hill é a segunda maior festa de rua do mundo e é realizado anualmente, durante o final de agosto. Entre os desfiles tradicionais da cidade estão o
Lord Mayor's Show em novembro, um evento secular celebrando o encontro anual de um novo
Lord Mayor para Londres, e o
Trooping the Colour, um desfile militar formal realizado por regimentos da
Commonwealth e por exércitos britânicos para comemorar o
Aniversário da Rainha.
[220]
Londres foi o cenário de muitas obras de literatura. Os centros literários mais tradicionais da cidade são
Hampstead (desde o início do
século XX) e
Bloomsbury. Entre os escritores intimamente associados à cidade estão
Samuel Pepys, conhecido por seu testemunho do
Grande Incêndio de 1666;
Charles Dickens, cuja representação de uma Londres coberta por nevoeiros, neve e sujeira, de ruas repletas de varredores de rua e batedores de carteira, foi uma grande influência sobre a visão popular sobre a cidade no início da
era vitoriana; e
Virginia Woolf, considerada como uma das principais figuras literárias modernistas do
século XX.
[221]
Os peregrinos de
Os Contos da Cantuária, obra de
Geoffrey Chaucer do final do
século XIV, partiram da
Cantuária, em Londres — mais especificamente, a partir de
Southwark.
William Shakespeare passou grande parte de sua vida vivendo e trabalhando na cidade, enquanto seu contemporâneo,
Ben Jonson, morou em Londres e alguns de seus trabalhos, mais notavelmente a peça teatral
The Alchemist, se passam na cidade.
[221] A obra
A Journal of the Plague Year (1722), de
Daniel Defoe, é uma ficção sobre os acontecimentos da
Grande Praga de 1665.
[221] Posteriormente, entre as representações mais importantes da cidade de Londres entre os séculos XIX e XX, estão os romances de Dickens e as histórias de
Sherlock Holmes, de
Arthur Conan Doyle.
[221] Entre os escritores modernos que foram difusamente influenciados pela cidade estão
Peter Ackroyd, autor de uma "biografia" da cidade, e
Iain Sinclair, que escreve no gênero de
psicogeografia.
[221]
Londres tem desempenhado um papel importante na
indústria cinematográfica e sedia grandes estúdios em
Ealing e centros de
efeitos especiais e de
pós-produçãoem
Soho. A
Working Title Films está sediada na cidade.
[222] Londres foi o cenário para filmes como
Oliver Twist (1948),
Peter Pan (1953),
The Ladykillers (1955),
The 101 Dalmatians (1961),
Mary Poppins (1964),
Blow-Up (1966),
The Long Good Friday (1980),
Secrets and Lies (1996),
Notting Hill (1999),
Match Point (2005),
V for Vendetta (2005) e
Sweeney Todd: The Demon Barber Of Fleet Street (2008). Londres é um importante centro de produção de televisão, sediando estúdios como o
BBC Television Centre, The Fountain Studios e The London Studios. Muitos programas de televisão também foram criados na cidade, como a popular
soap operaEastEnders, transmitida pela BBC desde 1985.
[223]
Londres tem inúmeros locais para espetáculos de rock e pop, como as grandes arenas de
Earls Court,
Wembley Arena e a
O2 Arena, assim como muitos locais de médio porte, como
Brixton Academy,
Hammersmith Apollo e Shepherds Bush Empire.
[216] Vários
festivais de música, como o
Wireless Festival, são realizados em Londres. A cidade abriga o primeiro e original
Hard Rock Cafe e os estúdios
Abbey Road, onde os
Beatles gravaram muitos de suas principais canções. Nos anos de 1970 e 1980, músicos e grupos como
Elton John,
David Bowie,
Queen,
Elvis Costello,
Cat Stevens,
Ian Dury and the Blockheads,
The Kinks,
Pink Floyd,
The Rolling Stones,
The Who,
Electric Light Orchestra,
Madness,
The Jam,
The Small Faces,
Led Zeppelin,
Iron Maiden,
Fleetwood Mac,
The Police,
The Cure,
Cream,
Phil Collins e
Sade, conquistaram fama mundial inspirando suas músicas nas ruas e ritmos de Londres.
[224]
A cidade foi fundamental para o desenvolvimento da
música punk,
[225] sendo que figuras como
Sex Pistols,
The Clash,
[224] e
Vivienne Westwood estavam baseada na cidade. Entre os artistas mais recentes a emergir da cena musical de Londres estão
George Michael,
Bananarama,
Bush,
East 17,
Siouxsie and the Banshees,
Spice Girls,
Jamiroquai,
Blur,
The Prodigy,
The Libertines,
Babyshambles,
Bloc Party,
Mumford & Sons,
One Direction,
Coldplay,
Amy Winehouse e
Adele. Londres também é um centro da música urbana. Em particular,
gêneros musicais como
UK Garage,
drum and bass,
dubstep e
grime evoluíram na cidade a partir dos gêneros estrangeiros
hip hop e
reggae, ao lado do
drum and bass local.
[226][227][228]
Domo no interior do
Museu Britânico, um dos mais antigos e visitados da cidade
A cidade abriga cerca de 240 museus, mas o governo publica números de visitantes apenas de suas próprias instituições. A maioria dos museus financiados pelo governo parou de cobrar taxas de visitação em 2001
[233] e, embora isto tenha sido desafiado em 2007,
[234] ainda continua em vigor. Após a remoção de taxas, a visitação aos museus de Londres aumentou, com uma grande percentagem dos 42 milhões de visitantes anuais em todo o país.
[235]
O primeiro museu a ser estabelecido foi o
Museu Britânico, em Bloomsbury, em 1753. Originalmente contendo antiguidades, espécimes de história natural e da Biblioteca Nacional, o museu tem agora 7 milhões de artefatos de todo o mundo.
[236] Em 1824, a
National Gallery foi fundada para abrigar a coleção nacional britânica de pinturas ocidentais e agora ocupa uma posição de destaque na
Trafalgar Square. Na segunda metade do
século XIX a região de
South Kensington desenvolveu-se como "Albertopolis" (em referência ao
Príncipe Alberto), um bairro cultural e científico. Três principais museus nacionais estão localizados lá: o
Victoria and Albert Museum (para as artes aplicadas), o
Museu de História Natural de Londres e o Museu da Ciência. A galeria nacional de arte britânica está no Tate Britain, originalmente criado como um anexo da National Gallery em 1897. A Tate Gallery, como era conhecida anteriormente, também se tornou um importante centro de arte moderna, em 2000 transformou-se na
Tate Modern, uma nova galeria alojados na antiga estação elétrica de Bankside.
A cidade também tem cinco equipes de
rugby na
Aviva Premiership (
London Irish,
Saracens,
London Wasps, London Welsh e
Harlequins), embora apenas os Harlequins e os Saracens joguem em Londres (todos os outros três agora jogar fora da
Grande Londres). Outra equipe profissional de
rugby union da cidade é a London Scottish F.C., que joga na cidade. Londres tem outros clubes de rugby muito tradicionais, como Richmond F.C., Rosslyn Park F.C., Westcombe Park Rugby F.C. e
Blackheath F.C Há três clubes profissionais da
rugby league em Londres: London Broncos, que joga na
Super League, London Skolars e Hemel Stags.
[242]