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sábado, 26 de março de 2011

HINO ÀS FLORESTAS



Foto de:
 Gracinda Dias

POEMA


Um dia, numa floresta
As árvores discutiam,
Por ver a sua má sorte
Num sofrimento de morte
Em vez de ser uma festa.

Dizia o pinheiro:
- eu, pior do que as outras
Cortam-me no Natal
Isso é mesmo fatal
Arrancam-me os filhos
Para os enfeites
Não gosto do Natal.
Por tantos sarilhos,
Por me fazerem tanto mal!

O eucalipto prossegue:
-Nós atraímos a chuva
Que faz falta à terra,
Damos a sombra
Para os proteger do Sol
Na estação do Verão,
 damos os ramos
para os aquecer, no Inverno.
Somos úteis em todas as estações
Do princípio ao fim da vida
Somos berço, móveis e caixão
E, de nós não sentem compaixão.
E, não nos dão vida colorida!
E nós tanto os estimamos! 
Mas estamos neste Inferno...

O Homem nem se lembra
Que ao queimar uma floresta
Destrói seres indefesos!
Estamos gratos aos bombeiros
Por nos salvarem das chamas.
Eles são corajosos!
E merecem uma festa,
Pois em se arriscar são os primeiros!

Sempre que danificar
ou queimar uma floresta,
Pense:
- Se estivesse amarrado
A uma dessas árvores?
Já pensou o que seria?
Certamente não gostaria!
E ficaria arrasado.

Se alguém o salvasse,
 que alegria seria!
E lembrar-se-ia
Que as árvores
também têm vida.

Gracinda Dias

2 comentários:

vitor dias simoes disse...

belíssimo,,,,tudo real...

A arte da Mila disse...

Lindo,lindo este poema! Continue, amiga. Obrigada pelo selinho.