O BALCÃO
Nos anos 50, do século XX, existiam na Chaveira, em casas e palheiros, à volta de 50 balcões, que com o tempo e o arranjo das casas se foram perdendo. Não me posso esquecer do balcão do Cabouco da Vinha Velha, quantos de nós brincámos lá, ou nos abrigámos da chuva, ou a jogar ao pisco"123 quem está, está, quem não está não está, ferrolho, ferrolho estoura um olho, cabaço, cabaço, estoura um braço." O balcão é um elemento muito importante, além de dar acesso ao sobrado, em alguns casos, como neste balcão, era aproveitado para o pateiro das galinhas. Rente ao chão existia uma entrada maior, que alguns de nós aproveitávamos como esconderijo nas nossas brincadeiras. Bons tempos! Nos anos 20 do século XXI, não existiriam mais do que uma dúzia de balcões Comentário de José Henriques Marques: Há, de facto, alguns balcões que me ficaram mais na memória, como o da minha avó, na Maljoga, o da ti Rosário, do ti Luís Tavares, alguns do Monte e na Chaveirinha, etc. etc. mas aquele que mencionas é o que mais me marcou e que recordarei para sempre, como o balcão da Ti Loura. Ainda mal gatinhava e já a minha mãe me confiava a esta senhora, quando ia para a horta. tenho tantas recordações passadas neste balcão e à sua volta que seria necessário escrever muitas páginas para as recordar. Apesar da sua função principal ser a de aceder ao piso superior. nos dias e noites de Verão, as suas escadas serviam de bancos para se descansar, de convívio, de debulha de feijões e ervilhas, etc. mas do que mais me recordo é de quando a Ti Loura: "oh menino… entra ali dentro naquele buraco de lado e vê lá se as galinhas puseram algum ovo. E lá entrava o pequeno Zé regressando sempre com uns ovos na mão. Boas recordações.
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