Violetas que os afilhados davam às madrinhas no Domingo de Ramos e elas davam o folar no Domingo de Páscoa |
LENDA DO FOLAR DA PÁSCOA
Segundo a lenda, uma rapariga, de seu nome Mariana, que pretendia casar cedo rezou fervorosamente a Santa Catarina para que lhe concedesse a realização desse seu desejo. A santa ouviu-a e fez-lhe chegar dois pretendentes. Ambos eram jovens e atraentes, mas um era um fidalgo rico e o outro, um lavrador pobre. Tornou, por isso, a jovem a rezar a Santa Catarina, pedindo-lhe que a ajudasse a fazer a escolha certa. Enquanto rezava, apareceu-lhe à porta o lavrador pobre a pedir-lhe uma resposta até ao Domingo de Ramos que estava já próxima. Pouco depois, surgiu o fidalgo rico com idêntico pedido.
Chegado o Domingo de Ramos, veio uma vizinha avisar a jovem de que ambos os pretendentes se tinham encontrado a caminho de sua casa e, tomando-se de razões, começaram a lutar violentamente. A jovem acorreu ao sítio onde ambos se engalfinhavam e, depois de pedir o auxílio da santa, exclamou “Amaro”, o nome do lavrador pobre, fazendo recair a escolha sobre ele e aprazando-se o casamento para o domingo de Páscoa.
Andava a jovem atormentada, porque a avisaram que o fidalgo jurara aparecer no dia do casamento para matar o noivo. Por isso, na véspera do Domingo de Páscoa, tornou a rezar a Santa Catarina, que lhe apareceu a sorrir, apaziguando-a. Em ação de graças, no Domingo, foi à igreja pôr um ramo de flores no altar da santa. Ao regressar a casa, viu em cima da mesa um grande bolo, com ovos inteiros ao centro e enfeitado com as flores que ela ofertara à santa. Entretanto, também Amaro recebera um bolo idêntico. Pensaram que teria sido oferta do fidalgo e foram agradecer-lhe. Porém, também este tinha recebido um bolo semelhante. Concluíram que era um prodígio de Santa Catarina, com o objetivo de os apaziguar e trazer a concórdia num dia que devia ser de felicidade.
Dado que era enfeitado com flores, inicialmente, o bolo chamava-se “folore”, devido às flores que o adornavam, passando com o tempo a chamar-se folar e mantendo a tradicional simbologia de sinal de reconciliação. Por altura da Páscoa, era costume, o afilhado levar um ramo de violetas à madrinha de batismo que, em troca, lhe oferecia um folar.
Andava a jovem atormentada, porque a avisaram que o fidalgo jurara aparecer no dia do casamento para matar o noivo. Por isso, na véspera do Domingo de Páscoa, tornou a rezar a Santa Catarina, que lhe apareceu a sorrir, apaziguando-a. Em ação de graças, no Domingo, foi à igreja pôr um ramo de flores no altar da santa. Ao regressar a casa, viu em cima da mesa um grande bolo, com ovos inteiros ao centro e enfeitado com as flores que ela ofertara à santa. Entretanto, também Amaro recebera um bolo idêntico. Pensaram que teria sido oferta do fidalgo e foram agradecer-lhe. Porém, também este tinha recebido um bolo semelhante. Concluíram que era um prodígio de Santa Catarina, com o objetivo de os apaziguar e trazer a concórdia num dia que devia ser de felicidade.
Dado que era enfeitado com flores, inicialmente, o bolo chamava-se “folore”, devido às flores que o adornavam, passando com o tempo a chamar-se folar e mantendo a tradicional simbologia de sinal de reconciliação. Por altura da Páscoa, era costume, o afilhado levar um ramo de violetas à madrinha de batismo que, em troca, lhe oferecia um folar.
Transmitida por utentes da Misericórdia de Cardigos