Festa litúrgica dá atenção ao próximo, para lá da tradição das castanhas

São Martinho nasceu no seio de uma família pagã na Panónia, atual Hungria, e foi orientado pelo pai para a carreira militar, mas ainda adolescente inscreveu-se entre os catecúmenos para se preparar para o Batismo.
Tendo-se despedido do serviço militar, foi a Poitiers, na França, para junto de santo Hilário, bispo que o ordenou diácono e padre.
Martinho escolheu a vida monástica e deu origem, com alguns discípulos, ao mais antigo mosteiro conhecido na Europa, em Ligugé.
Cerca de dez anos mais tarde, os cristãos de Tours aclamaram-no como seu bispo, cargo que o santo ocupou até à sua morte.
Em Portugal, é célebre a expressão «verão de São Martinho», aplicada a três dias de sol e calor no meio do outono, tidos como recompensa ao então soldado romano por ter repartido o seu agasalho com um pobre.
A esta data associa-se também a celebração do Magusto, uma festa popular com a presença, um pouco por todo o país, de castanhas e água-pé.
“Quando era ainda jovem soldado [São Martinho], encontrou na estrada um pobre entorpecido e trémulo de frio. Pegou no seu manto e, cortando-o em dois com a espada, deu metade àquele homem. Nessa noite apareceu-lhe Jesus em sonho, sorridente, envolvido naquele mesmo manto”, relatou Bento XVI, Papa emérito, na catequese que dedicou a este santo, em 2007, apresentando-o como exemplo de “caridade fraterna”.
Sem comentários:
Enviar um comentário